Líder do PT quer cassar Eduardo por ameaças a Alcolumbre e Motta

Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT), criticou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao afirmar que ele voltou a ameaçar impor sanções aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre.

Em entrevista, o parlamentar alegou que ambos os presidentes correm o risco de estar no “radar das autoridades americanas” caso não apoiem o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a anistia aos envolvidos em uma conspiração contra a ordem constitucional.

Em uma publicação no X, Lindbergh afirmou que, além de paralisar os trabalhos legislativos com atos de intimidação, Eduardo Bolsonaro ameaça repetidamente os presidentes das duas Casas com sanções internacionais. Ele qualificou a ação como uma tentativa clara de subjugar o Congresso Nacional mediante chantagem externa, atentando contra a soberania do Brasil.

No Planalto, o discurso de Eduardo foi interpretado como um sinal de escalada radical e um indicativo de que ele age contra os interesses do país.

Lindbergh Farias também defendeu a cassação de Eduardo Bolsonaro e de outros parlamentares envolvidos, alegando que participam da subversão da ordem constitucional e comprometem a defesa da democracia. Segundo ele, temas importantes como a isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil não podem ficar reféns de pessoas que não têm compromisso com o país.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também reforçou a necessidade da cassação e mencionou outras pautas essenciais, como a PEC da Segurança Pública e a isenção na conta de luz para consumos até 80 kW. Para ela, o povo brasileiro não pode suportar as consequências das ações do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.

O governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato à presidência, Eduardo Leite (PSD), comentou em entrevista que considera altamente reprovável a conduta de Eduardo Bolsonaro e de sua família nesse processo. Ele afirmou que tomou a decisão do ministro Alexandre de Moraes ao conhecimento de autoridades americanas e espera que tanto o secretário do Departamento de Estado, Marco Rubio, quanto o presidente americano Donald Trump, respondam a essa situação.

Leite afirmou que Eduardo Bolsonaro promove a responsabilidade por possíveis novas sanções e ataques tarifários contra o Brasil, o que considera inaceitável.