Líder do União critica Lula e destaca força política independente

O Antonio Rueda, presidente nacional do União Brasil, replicou às cobranças feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) direcionadas a ministros da legenda nesta terça-feira, 26.

Em suas redes sociais, Rueda afirmou que os comentários do presidente reforçam a relevância de uma força política que não se subordina ao governo.

Esse posicionamento veio após uma reunião ministerial onde Lula exigiu lealdade dos ministros vinculados ao União Brasil e ao PP, que juntos formam a federação União Progressista.

Conforme noticiado, Lula expressou descontentamento ao ouvir críticas de Rueda durante um evento de anúncio da federação, especialmente pela ausência de defesa desses ministros.

O presidente ainda declarou não ter simpatia por Rueda, fato mencionado na resposta do líder do União.

“Na democracia, o relacionamento institucional não se baseia em afinidades pessoais, mas no respeito às instituições e às responsabilidades de cada um. Devemos priorizar a criação de soluções e não manifestações de desavença”, enfatizou Rueda.

No encontro anterior, Lula afirmou que aqueles desconfortáveis em permanecer no governo devem sair, mas expressou desejo de manter relações amigáveis com quem eventualmente deixar o cargo.

O presidente pediu ainda neutralidade na disputa eleitoral de 2026, mesmo que alguns não apoiem sua candidatura no primeiro turno.

O conflito acontece em meio a discussões internas na federação sobre a permanência ou saída dos membros do governo federal. O União Brasil administra três ministérios: Turismo, liderado por Celso Sabino; Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho; e Desenvolvimento Regional, sob responsabilidade de Waldez Góes – os dois últimos indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e que não são filiados ao partido. O PP gerencia o Ministério do Esporte, conduzido por André Fufuca.

O grupo da federação ainda não chegou a um acordo sobre permanecer ou deixar o governo federal. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), já manifestou a ideia de deixar o governo de Lula o quanto antes. Por outro lado, Alcolumbre adotou uma postura conciliadora, afirmando que a União Progressista não representa nem o governo nem a oposição.