Louvre vai subir 45% o preço do ingresso para turistas de fora da Europa

O Louvre, o museu mais visitado do planeta, vai aumentar em 45% o valor do ingresso para turistas que não são do Espaço Econômico Europeu (EEE) a partir de 2026, com o objetivo de equilibrar as finanças do museu.

Desde 14 de janeiro, visitantes de fora do EEE, que inclui União Europeia, Islândia, Liechtenstein e Noruega, precisarão pagar 32 euros (198 reais) para visitar os 73 mil m² do museu em Paris, um aumento de 10 euros (62 reais) em relação ao preço atual.

O aumento foi aprovado na última quinta-feira (27) pelo conselho do Louvre e afetará, entre outros, os americanos, maior grupo de visitantes estrangeiros, e os chineses, que ocupam a terceira posição, conforme o relatório de atividades de 2024 do museu.

De acordo com esse documento, o Louvre recebeu 8,7 milhões de visitantes no ano passado, sendo 69% estrangeiros.

Recentemente, o museu enfrentou polêmica após o roubo marcante ocorrido em 19 de outubro, que gerou grande repercussão.

Com este reajuste, o Louvre pretende arrecadar entre 15 e 20 milhões de euros (de 93 a 124 milhões de reais) extras por ano, destinados a resolver os “problemas estruturais” do edifício, conforme comunicado à AFP.

Um relatório recente do Tribunal de Contas destacou que o museu enfrenta “um volume significativo de investimentos que não consegue financiar”, especialmente pela ausência de uma priorização clara entre seus diversos projetos.

O furto de 19 de outubro também evidenciou que o museu possui “equipamentos insuficientes nos sistemas de segurança”, segundo investigação administrativa aberta para apurar o roubo de joias da coroa francesa.

Em janeiro de 2024, o preço do ingresso do Louvre já havia sido aumentado de 17 para 22 euros (de 105 para 136 reais) para todos os visitantes.

Os sindicatos criticaram unanimemente o aumento da tarifa para não europeus, destacando o compromisso do Louvre com o “universalismo” e o “acesso igualitário” às suas coleções.

As organizações sindicais, que também apontam a falta de pessoal, preocupam-se com a sobrecarga que essa nova tarifa poderá acarretar aos trabalhadores do museu.