Economia
Luiz Marinho alerta: juros podem reduzir criação de empregos em 2025

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que a alta dos juros no Brasil pode provocar uma queda na geração de empregos em 2025 em comparação a 2024, ano em que foram criados 1,7 milhão de empregos formais, um número superior aos 1,4 milhão de 2023.
Segundo Marinho, a taxa de juros é o principal fator que influenciará o saldo de empregos neste ano. Ele destacou que a previsão otimista para 2024 é de uma criação de cerca de 1,5 milhão de empregos com carteira assinada.
O mercado financeiro acredita que a taxa Selic permaneça em 15% até o final do ano. No entanto, Marinho criticou essa expectativa, dizendo que o Comitê de Política Monetária do Banco Central não precisava ter aumentado os juros na reunião de junho, indicando que uma estabilidade ou redução seria mais apropriada.
Sobre a diretoria do Banco Central, composta pela maioria indicada pelo presidente Lula, o ministro destacou a autonomia da instituição. Ele expressou a expectativa de que o presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, também indicado por Lula, adote uma postura que leve em conta a desaceleração econômica causada pelos juros elevados, já que a inflação e o dólar estão sob controle.
Marinho ainda comentou que o impacto dos juros na economia brasileira é maior que o tarifamento de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, pois os juros afetam toda a economia, enquanto as tarifas impactam apenas setores específicos.
Ele mencionou que o Ministério do Trabalho tem recebido poucas demandas das empresas afetadas pelas tarifas norte-americanas, pois muitas conseguem redirecionar seus produtos para outros mercados. O governo também agiu rapidamente com um plano de contingência para minimizar esses impactos.
Além disso, o ministro explicou que não discute cortes de gastos no ministério, e que medidas recentes para coibir fraudes no benefício do Seguro-Defeso do Pescador Artesanal visam apenas garantir que o benefício seja concedido corretamente, separando quem tem direito de quem não tem, sem intenção de redução de despesas.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login