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Lula afirma que governo quer negociar como igual no tarifaço

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo está aberto a negociar com os Estados Unidos em condições de igualdade sobre o tarifaço imposto por Donald Trump, mas não aceita ser tratado como inferior. A fala foi feita durante a reunião ministerial na terça-feira (26).
Lula mencionou que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, estão disponíveis a qualquer momento para discutir quaisquer assuntos, especialmente os comerciais.
“Estamos prontos para sentar na mesa como iguais. O que não aceitamos é ser tratados como subalternos. Isso não aceitaremos de ninguém. Nosso compromisso é com o povo brasileiro”, afirmou o presidente.
Lula também criticou o comportamento dos EUA, dizendo que o governo americano age como um imperador mundial, ameaçando o planeta. Ele se referiu ao presidente Donald Trump, que na segunda-feira ameaçou aqueles que desafiarem as grandes empresas de tecnologia.
“Se gostássemos de imperadores, ainda teríamos uma monarquia no Brasil. Nosso desejo é por um país democrático, soberano e republicano, que é o que construímos”, disse.
O governo brasileiro está preparando projetos para regulamentar as atividades das grandes empresas de tecnologia. Na segunda-feira, o presidente dos EUA ameaçou aumentar tarifas sobre produtos importados e restringir tecnologias avançadas e semicondutores, em retaliação a impostos sobre serviços digitais que atingem suas empresas de tecnologia.
Lula ainda destacou a próxima viagem do vice-presidente Geraldo Alckmin ao México para fortalecer os laços comerciais com o país vizinho.
“O vice-presidente fará uma viagem importante ao México, a pedido da presidente Claudia Sheinbaum, após a taxação dos EUA. Conversamos e decidimos enviar nosso vice, ministros e empresários para explorar o potencial da relação entre Brasil e México. Acredito que será uma viagem produtiva”, afirmou o presidente.
A reunião ocorreu no Palácio do Planalto e teve como foco a definição das prioridades do governo. Lula criticou o tarifaço dos EUA, a situação em Gaza e a ausência de regulamentação para as grandes empresas de tecnologia.
Lula e seus ministros usaram um boné com a frase “O Brasil é dos Brasileiros”. Essa peça começou a ser usada em fevereiro por membros do governo brasileiro como uma resposta ao boné com a frase “Make America Great Again”, marca da gestão Trump, utilizada também por opositores como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

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