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Lula agradece Trump pela remoção das sanções, diz que ainda há pontos a resolver
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter enviado uma mensagem de agradecimento ao presidente dos EUA, Donald Trump, pela decisão de remover as sanções impostas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e a família do magistrado, retirados da lista da Lei Magnitsky na última sexta-feira.
Lula fez esta declaração durante entrevista ao canal de televisão SBT News, gravada na última sexta-feira e exibida nesta segunda-feira.
— Já enviei uma mensagem agradecendo, dizendo “muito obrigado por ter excluído Alexandre de Moraes e sua esposa da lista de sanções da Lei Magnitsky, mas ainda temos alguns pontos a acertar entre nós”. Estou confiante de que nossa relação comercial e política será restabelecida com sucesso — afirmou Lula.
O presidente ressaltou que não deseja conflitos com os Estados Unidos, e que, já na semana anterior à retirada das sanções contra Moraes, havia solicitado a revogação das punições impostas a autoridades brasileiras.
O ministro do STF e sua esposa eram os únicos brasileiros listados na Lei Magnitsky, um instrumento criado para penalizar com bloqueios diplomáticos e financeiros grandes violadores de direitos humanos e envolvidos em corrupção relevante. A aplicação da lei aos Moraes foi criticada por especialistas, que apontam irregularidades e que a ação foi uma retaliação devido à atuação do ministro na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro em ação penal relacionada à trama golpista.
Na semana retrasada, eu enviei uma mensagem para Trump solicitando que liberasse todos os meus ministros incluídos nesta lei punitiva adotada contra autoridades estrangeiras e enfatizei que estes ministros foram penalizados por cumprirem a Constituição — disse o presidente.
Lula declarou estar satisfeito com a revogação das sanções contra os Moraes e acredita que outras medidas diplomáticas restritivas contra outras autoridades, como a revogação de vistos de ministros do STF e do seu governo, também serão revertidas. Entre os afetados pelos vistos revogados estão os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Ricardo Lewandowski (Justiça), além dos membros da Suprema Corte Edson Fachin, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Flavio Dino e Gilmar Mendes.
— Trump removerá as sanções dos outros ministros, e eu continuarei insistindo com ele. Voltaremos à normalidade porque acredito no poder da palavra — concluiu Lula.

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