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Lula alerta sobre presença militar dos EUA no Caribe e Venezuela reforça fronteira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva denunciou recentemente a movimentação militar dos Estados Unidos em regiões do sul do Caribe, em meio a tensões crescentes entre os EUA e a Venezuela, que tem intensificado o patrulhamento em sua linha divisória terrestre.
Forças navais americanas, incluindo navios de guerra com aproximadamente 4 mil membros da Marinha, estão posicionadas no Mar do Caribe perto da Venezuela. Além disso, uma operação antidrogas foi reforçada com a chegada de caças F-35 a Porto Rico no último fim de semana.
“A presença militar da principal potência mundial no Mar do Caribe intensifica a tensão numa área que deveria ser pacífica”, afirmou Lula durante a abertura de uma conferência virtual do Brics, em conjunto com os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, ambos aliados da Venezuela.
Essa movimentação coincide com o aumento da recompensa americana para 50 milhões de dólares por informações que levem à captura do presidente venezuelano Nicolás Maduro, acusado de conexões com o tráfico de drogas.
Visita do Secretário de Defesa dos EUA
Pete Hegseth, chefe do Pentágono, visitou inesperadamente Porto Rico, conforme anunciado pela governadora local Jenniffer González nas redes sociais. Ela destacou o reconhecimento da importância estratégica de Porto Rico para os EUA na luta contra os cartéis de drogas, mencionando o governo de Trump.
Durante sua visita ao USS Iwo Jima, um dos navios de guerra americanos presentes na região, Hegseth expressou seu compromisso em combater o tráfico de drogas para proteger o povo americano.
Resposta da Venezuela
Recentemente, os EUA afirmaram ter atacado uma embarcação venezuelana suspeita de contrabando de drogas, com um saldo de 11 supostos traficantes mortos, ligados a uma organização classificada como terrorista pelos Estados Unidos. Em resposta, Trump ameaçou abater aeronaves venezuelanas que representem ameaça após um incidente aéreo no Caribe.
O governo venezuelano rejeita as acusações de narcotráfico, considerando-as falsas. A vice-presidente e ministra do Petróleo, Delcy Rodríguez, acusa os EUA de tentar assegurar controle estratégico sobre rotas de drogas e recursos energéticos venezuelanos.
Preparação Militar na Venezuela
Em contrapartida, jovens chavistas participaram de treinamento militar em La Guaira, prontos para resistir a qualquer intervenção estrangeira, declarando-se como um futuro “Vietnã latino-americano” para os EUA.
Maduro aumentou o efetivo das Forças Armadas em regiões fronteiriças com a Colômbia e o Caribe para 25 mil, reforçando a segurança especialmente nos estados de Táchira, Zulia, La Guajira, Falcón, Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro. Essa estratégia amplia a vigilância tanto na área caribenha quanto na costa oriental do país, protegendo importantes instalações petrolíferas.

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