Lula apoia filhas de Silvio Santos após críticas de Zezé Di Camargo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu apoio às filhas de Silvio Santos na quinta-feira (18), após o cantor Zezé Di Camargo fazer críticas à gestão atual do SBT. Lula chamou a ofensa dirigida às executivas da emissora de “cretinice”.

“Quero que você transmita às filhas do Silvio Santos minha solidariedade pela estupidez do ataque que Zezé Di Camargo fez a elas. Ele provavelmente não teria a coragem de atacar homens, mas atacou mulheres”, disse o presidente.

A situação ocorreu depois que o SBT resolveu cancelar a exibição do especial “Natal é Amor com Zezé Di Camargo”. Membros da direção da emissora revelaram que o cantor se tornou persona non grata no canal e não será mais convidado para programas da casa.

Após a cerimônia, o cantor publicou um vídeo nas redes sociais criticando a presença de autoridades no evento, que contou com a participação de Lula e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, um dos alvos frequentes dos bolsonaristas. Zezé atacou a direção da emissora, atualmente liderada pelas filhas de Silvio Santos, com palavras fortes, alegando que a empresa estaria contrariando os princípios do fundador.

“Um filho que não respeita seus pais para mim não existe […] Vocês estão, com todo respeito, se vendendo”, declarou o sertanejo, referindo-se às executivas do grupo.

O comentário gerou grande repercussão interna no SBT. Uma das irmãs na direção da emissora comentou à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que houve uma grande indignação pelo uso do termo “se vender” para descrever uma empresa administrada por mulheres. Segundo ela, Silvio Santos sempre manteve uma relação cordial com presidentes e autoridades de diversas orientações políticas ao longo da história da emissora.

Embora o evento tenha contado também com a presença de políticos de direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, as críticas feitas por Zezé foram direcionadas principalmente à participação de Lula e do ministro do STF.