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Lula brinca com derrota do Flamengo e elogia ministros: ‘Sem erros nos pênaltis’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma brincadeira ao comentar sobre a derrota do Flamengo para o PSG na decisão do Torneio Intercontinental nesta quarta-feira. Enquanto o jogo estava empatado em 1 a 1, o Flamengo falhou nas cobranças de pênaltis, errando quatro vezes, e terminou como vice-campeão mundial. Em entrevista no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, Lula avaliou seu terceiro ano no cargo e anunciou sua intenção de buscar a reeleição no próximo ano, o que poderá resultar em seu quarto mandato presidencial.
— Minha satisfação vem dos resultados alcançados pela equipe que montei. Todos foram treinados para cobrar pênaltis e nós não falhamos. Se olharem as previsões feitas no início do ano, verão que nenhuma se confirmou. Algo novo realmente aconteceu no país. Começamos a governar antes mesmo da posse, com a aprovação da PEC da Transição para garantir o primeiro ano. Foi um feito extraordinário conseguir isso em um Congresso adverso, graças à competência dos ministros — afirmou o presidente.
Reunião com ministros
Na reunião ministerial realizada ontem na Residência Oficial da Granja do Torto, Lula falou com seus ministros sobre a necessidade dos partidos definirem suas posições para as eleições de 2026. Ele também pediu que os ministros estudem diversas áreas e defendam o governo. Atualmente, o governo conta com 39 ministros e inclui três partidos do Centrão que ainda não decidiram se apoiarão Lula: PSD, Republicanos e MDB. O União Brasil, que deixou o governo, mantém influência em duas pastas, Telecomunicações e Integração Nacional, através do senador Davi Alcolumbre.
— Às vezes me pergunto quando vocês dizem “por que no governo do presidente Lula”, parece que vocês não fazem parte do governo. Vocês estão comigo desde sempre, então o governo não é só meu, é de todos nós. Quero que isso fique claro a partir de agora. A comunicação tem responsabilidade pelo que é dito, mas cada um tem seu papel — cobrou Lula.
O presidente destacou conquistas do seu mandato, como a queda no desemprego e o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, mas reconheceu que os bons resultados ainda não aparecem nas pesquisas devido à polarização política.
— É fundamental que o povo entenda o que aconteceu no país durante o governo Bolsonaro. Parece que ainda não conseguimos mostrar a verdade para que as pessoas possam avaliar corretamente os fatos — explicou.
Alteração no Ministério do Turismo
Após a reunião com os ministros, Lula anunciou a saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo. A troca ocorreu uma semana depois de Sabino ter sido expulso do União Brasil por desobedecer a orientação da legenda para deixar o cargo. Gustavo Feliciano, filho do deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB), foi indicado para assumir o ministério e deverá se reunir com Lula para oficializar a nomeação. Sabino participou normalmente da reunião ministerial.
Fontes no Palácio do Planalto indicam que a nomeação de Feliciano é fruto do acordo do governo com uma ala do União Brasil que apoia a reeleição de Lula. O presidente da legenda, Antônio Rueda, teria aprovado a articulação liderada por parlamentares alinhados ao governo. O partido conta com 59 deputados e cerca de 20 deles fazem parte desse grupo.
Um político próximo a Rueda disse que essa movimentação vem sendo planejada há alguns dias. Damião Feliciano é uma figura importante dentro do partido e atua como vice-líder do governo na Câmara.
Além disso, espera-se que ministros e membros do segundo escalão estejam alinhados a Lula e apoiem sua candidatura no próximo ano, o que impacta partidos independentes e possíveis candidatos presidenciais para 2026.
A mudança no comando do Turismo não tem consenso no União Brasil. Alguns membros do diretório nacional que apoiaram a saída do governo e a expulsão de Sabino estão contra a nomeação de um novo titular. Reservadamente, um vice-presidente do partido afirmou que bancadas como as de São Paulo e Goiás são contrárias.
Embora haja aprovação de Rueda para a escolha de Gustavo Feliciano, membros da executiva criticam essa mudança de postura e acreditam que ela enfrentará questionamentos políticos.
Celso Sabino, deputado federal pelo Pará, pretende disputar uma vaga no Senado com apoio de Lula. Atualmente sem partido, ele está em tratativas com outras legendas e sua decisão será tomada em conjunto com o presidente.
— Estou conversando com algumas siglas partidárias e essa escolha será discutida com o presidente Lula. Acredito que até o fim de fevereiro teremos essa definição para montar as chapas proporcionais e majoritárias do Pará — afirmou Sabino.


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