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Lula critica carta dura de Trump e afirma que EUA não devem interferir no Pix

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “desaforada” a carta enviada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil.

Durante um evento em Juazeiro (BA), Lula comentou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajou aos EUA para tentar convencer Trump a interferir no Brasil:

— Recentemente, Trump, talvez atendendo a um pedido de um deputado brasileiro, enviou uma carta com uma ameaça dura: se não soltarem Bolsonaro e pararem de perseguir ele, no dia 1º de agosto aplicará uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros. É algo realmente absurdo — declarou Lula durante cerimônia do programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde.

Lula também fez críticas à interferência americana sobre o sistema de pagamentos brasileiro, o Pix. Ele destacou que o Escritório do Representante Comercial dos EUA abriu uma apuração contra o Brasil, questionando se práticas comerciais, incluindo o Pix, estariam prejudicando as exportações americanas.

— E sabe o que Trump disse? Que está incomodado com o Pix, porque o Pix ameaça o cartão de crédito no Brasil. Por isso ele se sente incomodado. Vamos lançar o Pix parcelado, algo que é do Brasil; não há razão para eles interferirem nisso — afirmou.

O Pix passou a ser alvo de atenção uma semana depois do anúncio da sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros. Em resposta, o governo brasileiro tem reforçado sua postura de soberania e patriotismo. Lula determinou a criação de um grupo de trabalho para dialogar com empresários de ambos os países.

— Continuaremos trabalhando e estudando a situação, reunindo empresários brasileiros e americanos, especialmente do agronegócio. No dia 1º de agosto, apresentaremos uma resposta. Enviamos uma carta ao governo americano em 16 de maio, mas ainda não tivemos retorno.

O presidente também falou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, ressaltando que ele será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Se condenado, cumprirá pena:

— Quem julga o Bolsonaro é a Suprema Corte do Brasil, não o presidente da república nem governador. Ele tentou dar um golpe, planejando inclusive ataques contra mim, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Essa informação veio de generais presos e do ajudante de ordens dele. Portanto, Bolsonaro será julgado e, se condenado, irá para a cadeia. Aqui a lei é para todos, ninguém está acima dela.

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