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Lula critica PEC da Blindagem e se opõe à proteção para políticos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira que, caso fosse deputado, seria contrário e votaria contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) conhecida como PEC da Blindagem, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Essa proposta visa proteger parlamentares de investigações e prisões, transferindo a decisão para os próprios parlamentares.
“Se eu fosse deputado, seria contra e votaria contra a PEC da Blindagem. Acredito que a maior proteção que as pessoas precisam é manter-se dentro da lei e agir corretamente. Acho estranho quando há tentativas de proteção, principalmente envolvendo presidentes de partidos, pois isso confunde a população brasileira sobre o que realmente acontece”, afirmou Lula em entrevista à rede britânica BBC.
Ao ser questionado sobre os 12 deputados do PT, partido ao qual Lula pertence, que votaram a favor da proposta, ele respondeu: “Eu não sou presidente do meu partido, sou presidente da República. Se eu estivesse à frente do partido, orientaria para votar contra. Eu votaria para encerrar a votação e para rejeitar a matéria.” Fechar questão significa que parlamentares que não seguirem a orientação podem ser punidos.
Sobre uma possível anistia para Jair Bolsonaro, condenado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, Lula afirmou que vetaria qualquer projeto de lei que tratasse do assunto, mas que a decisão sobre anistia cabe ao Congresso. “O presidente da República não interfere nas decisões do Congresso Nacional. Se os partidos entenderem que é necessária uma anistia e decidirem aprová-la, essa é uma questão do Legislativo. Se for uma PEC, não há necessidade de sanção presidencial. Se for uma lei ordinária e chegar ao meu veto, posso garantir que eu vetaria”, declarou Lula.

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