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Lula defenderá soberania do Brasil na ONU

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está previsto para destacar a importância da soberania nacional do Brasil durante seu discurso de abertura na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que ocorrerá em Nova York no próximo mês.

Tradicionalmente, o Brasil inaugura as falas no evento, seguido pelos Estados Unidos.

Ainda que os detalhes do discurso estejam sendo moldados, assessores do presidente aconselham cautela, devido ao aumento das críticas e sanções por parte dos Estados Unidos contra membros do governo brasileiro. É recomendável aguardar para finalizar o texto.

Os Estados Unidos pressionam para que o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentar um golpe de Estado, seja encerrado. Bolsonaro está atualmente em prisão domiciliar e tem julgamento marcado para 2 de setembro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula afirmou que não deseja misturar a situação judicial do ex-presidente com negociações comerciais, especialmente sobre a sobretaxa de 50% aplicada a algumas exportações brasileiras neste mês. No entanto, o presidente americano Donald Trump, aliado de Bolsonaro, mantém a exigência da taxa e suspendeu o diálogo com o Brasil.

A conferência global sobre o clima, COP30, que ocorrerá em novembro em Belém (PA), além dos conflitos na Faixa de Gaza e na guerra entre Rússia e Ucrânia, são prioridades para o governo brasileiro.

Reforma da OMC

Fontes do governo indicam que Lula reconhece a dificuldade de unificar uma posição contrária ao aumento tarifário imposto por Trump entre o Brasil e outras nações.

Porém, o presidente tem se reunido com líderes globais para defender o multilateralismo e a necessidade de revigorar a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), atualmente desacreditada e com seu Órgão de Apelação, que funciona como última instância em processos, suspenso.

Lula já conversou com os presidentes Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia) e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Na semana seguinte, planeja telefonar para o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, além de líderes europeus.

Apesar da fragilidade atual da OMC, o Brasil recorreu à instituição na semana passada para contestar o aumento tarifário dos EUA. O argumento principal é que as medidas adotadas por Trump violam as normas internacionais do comércio.

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