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Lula deve tomar cuidado ao falar no Brics para não desagradar Trump

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preparando seu discurso para a reunião virtual dos líderes dos países do Brics, que acontecerá na manhã de segunda-feira, com muita cautela para não causar atritos com os Estados Unidos (EUA).

Segundo assessores de Lula, o objetivo é evitar citar diretamente a tarifa elevada imposta pelo presidente americano, Donald Trump, na última fase do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o acusa de tentativa de golpe.

Trump já manifestou que considera o Brics uma provocação aos EUA e uma ameaça ao dólar, pois o grupo discute formas de diminuir a dependência da moeda americana nas trocas comerciais internas do bloco.

Além disso, o líder americano deixou claro que qualquer negociação com o Brasil sobre essa tarifa alta depende da retirada do processo contra Bolsonaro e sua possível condenação.

Durante seu pronunciamento na cúpula, Lula pretende afirmar que a situação global se agravou desde o último encontro do Brics, realizado em julho no Rio de Janeiro, motivo pelo qual convocou este novo encontro.

Mesmo sem mencionar Trump diretamente, Lula abordará a sobretaxa de 50% dos produtos brasileiros aplicada pelos EUA e a interferência externa em assuntos internos, defendendo o multilateralismo e a necessidade de reformar a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Também abordarão temas como o conflito na Ucrânia, o conflito na Faixa de Gaza e a conferência internacional sobre mudanças climáticas, a COP30, que será realizada em Belém (PA) no próximo mês de novembro.

Fontes do governo relataram que a declaração do sub-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, feita a empresários brasileiros em reunião recente, reforça a percepção em Brasília de que não há espaço para negociação com Washington.

A situação está completamente estagnada e consolidada, resumiu um interlocutor.

Landau teria mencionado o ministro do STF, Alexandre de Moraes, em conversa com empresários, segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. Para a administração de Trump, que atua como relator no processo contra Bolsonaro, Moraes é visto como autoritário, o que motivou sanções dos EUA contra ele.

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