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Lula deve usar encontro com Trump para discutir mais do que tarifas e guerras, diz Amorim

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O telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, na manhã desta segunda-feira, durou 30 minutos e teve como objetivo “quebrar o gelo”, conforme afirmou o principal assessor de política externa de Lula, Celso Amorim.

Segundo Amorim, em uma futura reunião, Lula pretende tratar não apenas das tarifas elevadas e das sanções contra cidadãos brasileiros, mas também de importantes temas da agenda mundial.

— O presidente naturalmente dará prioridade às tarifas e questões relacionadas a vistos para brasileiros… Mas ele também quer falar sobre outros assuntos, incluindo a situação entre Rússia e Ucrânia e temas globais — comentou Amorim.

Amorim explicou que a conversa entre Lula e Trump foi aberta. No que se refere ao comércio, o americano não rejeitou o tema.

— A conversa seguiu de forma fluida — revelou.

Após o diálogo, o Palácio do Planalto destacou que ambos relembraram a “boa afinidade” demonstrada durante a Assembleia Geral da ONU, realizada recentemente.

Lula solicitou a retirada das tarifas de 40% sobre produtos brasileiros e, sem mencionar diretamente a Lei Magnitsky ou o ex-presidente Jair Bolsonaro, pediu a revogação das sanções impostas a autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Esta legislação prevê sanções econômicas a estrangeiros por corrupção, ameaça à democracia e violação dos direitos humanos. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, e sua esposa foram alvo dessas medidas, incluindo a proibição de realizar operações comerciais com empresas americanas.

Trump comentou em sua rede social Truth Social que a conversa foi “muito boa” e focou principalmente em economia e comércio.

Embora tenha condicionado uma negociação comercial com o Brasil à suspensão do processo contra Bolsonaro, o republicano não mencionou o ex-presidente na ligação. O governo brasileiro defende que os EUA não devem interferir em assuntos internos e que os poderes no Brasil são independentes.

O próximo encontro entre Lula e Trump ainda está sendo organizado. O provável local é a Malásia, durante a Cúpula da ASEAN. Outras possibilidades discutidas incluem uma reunião paralela à COP30, em Belém, ou nos Estados Unidos.

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