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Lula diz que Trump perguntou se retiradas Magnitsky são benéficas

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou nesta sexta-feira (12) a remoção das sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante um evento que contou com a presença de Moraes e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula chamou a ação de uma “conquista da democracia no Brasil”.

Lula recordou que neste sábado, 13 de dezembro, é aniversário de Moraes, e que a decisão do ex-presidente Donald Trump foi um presente simbólico. O presidente participou do lançamento do novo canal de notícias SBT News, em São Paulo, acompanhado por outras autoridades.

“Trump conferiu a ele o reconhecimento de que não é justo um líder de outro país sancionar um ministro da Suprema Corte brasileira que está agindo conforme a Constituição nacional. Não se pode aceitar que um líder estrangeiro use suas próprias leis para punir autoridades de outro país que defendem a democracia. A vitória é sua, Alexandre, e representa a democracia brasileira”, declarou Lula.

No evento, Lula também falou diretamente com Tarcísio, considerado um possível adversário político nas eleições de 2026. Ao chegar, Lula cumprimentou Tarcísio, e no final os dois discutiram brevemente sobre o problema da falta de energia em São Paulo.

“Hoje é um dia significativo por três motivos. Primeiro, eu observei notícias em jornais que previam um cenário econômico sombrio para o Brasil no começo do ano, mas essas previsões não se confirmaram, Tarcísio. A economia melhorou bastante desde outubro”, destacou Lula, em seu discurso.

O presidente ainda comentou a ligação telefônica que teve recentemente com Donald Trump, na qual conversaram sobre a remoção das sanções contra Alexandre de Moraes.

“Trump perguntou a mim: ‘isso é bom para você?’. Eu respondi: ‘não é algo que me favoreça pessoalmente, mas é positivo para o Brasil e para a democracia brasileira. Aqui, não se trata de amizade entre pessoas, mas sim de respeito entre nações. A Suprema Corte é fundamental para nós’. Fiquei muito satisfeito”, contou Lula.

Esta foi a primeira vez que Lula e Tarcísio se encontraram desde fevereiro, quando estiveram juntos para discutir obras em São Paulo. Desde então, Tarcísio tem feito críticas ao governo e chegou a declarar que o país precisa de uma nova liderança.

No evento, Tarcísio e Lula trocaram cumprimentos formais. O presidente chegou acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, e Tarcísio o saudou com um aperto de mão antes de cumprimentar a primeira-dama.

Antes da chegada de Lula, Tarcísio conversou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e também com o ex-jogador Alexandre Pato, que é casado com a filha de Silvio Santos, Rebeca Abravanel. A conversa foi amistosa e abordou temas variados, incluindo uma curiosidade de que o pai de Tarcísio, que teria 95 anos se vivo, estudou na mesma escola que o fundador do SBT.

Tarcísio e o ex-governador Alckmin também conversaram à beira do evento com o ídolo do futebol Ronaldo Fenômeno. Ronaldo elogiou os políticos como “dois craques”, e Tarcísio respondeu dizendo: “craque é você”. Ronaldo também foi reverenciado por Lula e pelo ministro Alexandre de Moraes, que aproveitou para tirar uma foto com Alexandre Pato, jogador do time do coração, o Corinthians.

No fim da cerimônia, houve um breve diálogo entre Lula, Tarcísio e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sobre assuntos relacionados à concessionária de energia Enel. O prefeito solicitou apoio do presidente para mitigar os frequentes cortes de energia na cidade, dado que o setor é de responsabilidade federal. Lula afirmou que conversaria com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tratar do assunto, e que o ministro também manteria diálogo com o prefeito.

Tarcísio fez um breve discurso elogiando o lançamento do novo canal de notícias e ressaltando a necessidade do jornalismo em tempos de polarização intensa. Ele pediu por unidade e diálogo.

“Às vezes as pessoas se odeiam somente por pensarem diferente. No Brasil, um país de diversidade e tolerância, é hora de mudar essa postura. Podemos sim ter opiniões diversas, e o debate deve acontecer na esfera política. Mas é possível construir consenso e um projeto para o futuro”, afirmou Tarcísio, enquanto Lula o observava na plateia.

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