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Lula faz entrevista no Planalto e avalia terceiro ano de governo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto nesta quinta-feira para apresentar um resumo do seu terceiro ano à frente do governo. Ele confirmou que vai buscar a reeleição no próximo ano, visando seu quarto mandato na Presidência.

Reunião com cobranças aos ministros

Na reunião ministerial realizada na Residência Oficial da Granja do Torto, ontem, Lula afirmou aos seus ministros que os partidos aliados precisam decidir suas posições para as eleições de 2026. Ele também cobrou que os ministros ampliem seus conhecimentos em outras áreas e apoiem o governo. Atualmente, a Esplanada conta com 39 ministros. Entre os partidos que ocupam cargos importantes no governo, três do Centrão ainda não definiram se apoiarão Lula: o PSD, liderado por Gilberto Kassab; o Republicanos, ao qual o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está filiado; e o MDB. O União Brasil, do presidente da legenda, Antônio Rueda, deixou o governo, mas mantém influência por meio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em dois ministérios: Telecomunicações e Integração Nacional.

“Às vezes penso quando vocês dizem ‘no governo do presidente Lula’, como se vocês não fizessem parte do governo. Vocês estão comigo o tempo todo, então o governo não é só do presidente Lula, é nosso. O governo é de quem está nele. Quero que isso fique claro daqui para frente. A comunicação tem a responsabilidade do Sidônio e das entrevistas que eu concedo, mas cada um também tem sua responsabilidade”, enfatizou Lula.

O presidente destacou conquistas do seu governo, como a redução do desemprego e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, embora reconheça que esses avanços ainda não se refletem nas pesquisas devido à grande polarização política.

“É fundamental que façamos com que o povo entenda o que ocorreu neste país durante o governo anterior. Tenho a impressão de que a população ainda não fez uma avaliação justa porque ainda não conseguimos a narrativa adequada para esclarecer os fatos vividos no país”, ressaltou.

Troca no Ministério do Turismo

Após a reunião ministerial, Lula anunciou a saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo. A substituição ocorre uma semana após Sabino ser expulso do União Brasil por desobedecer a orientação da legenda para deixar o cargo. Gustavo Feliciano, filho do deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB), foi nomeado para assumir o ministério e deverá conversar com Lula para oficializar sua posse. Sabino participou normalmente da reunião com o presidente.

Fontes do governo no Palácio do Planalto indicam que a nomeação de Gustavo Feliciano reflete um acordo com um grupo do União Brasil que se comprometeu a apoiar a reeleição de Lula. Essa articulação contou com o aval do presidente da legenda, Antônio Rueda, e foi conduzida por parlamentares alinhados ao governo federal. O União Brasil possui 59 deputados, e cerca de 20 deles fazem parte deste grupo de apoio.

Um aliado de Rueda revela que o movimento já vinha sendo preparado nos últimos dias. Damião Feliciano, pai do novo ministro, está entre os correligionários mais próximos ao governo e atua como vice-líder do Planalto na Câmara.

Além disso, segundo um governista, espera-se que ministros e membros do segundo escalão alinhem-se com Lula e votem nele na eleição do próximo ano. Isso deve influenciar partidos independentes ou que cogitam candidaturas presidenciais em 2026.

Entretanto, a mudança no comando do Turismo não é unânime dentro do União Brasil. Parte dos membros do diretório nacional que apoiaram a saída do partido do governo e a expulsão de Sabino se opõe à nomeação de um novo representante. Vice-presidentes do partido mencionam que bancadas importantes, como as de São Paulo e Goiás, manifestaram resistência à indicação.

Fontes internas criticam a decisão de Rueda, afirmando que ela não possui fundamento político e deverá enfrentar questionamentos.

Celso Sabino, deputado federal pelo Pará, planeja disputar uma vaga no Senado com o apoio de Lula. Atualmente sem partido, ele declarou que está em diálogo com várias legendas e que a decisão será tomada em conjunto com o presidente.

“Estou conversando com algumas agremiações partidárias. Essa decisão será tomada em diálogo com o presidente Lula, com quem venho conversando nos últimos dias. Imagino que até o fim de fevereiro teremos nossa posição definida para construir as chapas proporcionais e majoritárias no Pará”, afirmou Sabino.

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