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Lula garante: Correios não serão privatizados

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 18, que durante seu mandato não haverá privatização dos Correios. Embora não tenha interesse em manter uma estatal que apresente prejuízos, ele considera a possibilidade de firmar parcerias com o setor privado ou até transformar a empresa em uma companhia de economia mista.

Em conversa no Palácio do Planalto, em Brasília, Lula disse: “Não quero uma empresa estatal dando prejuízo, nem que o povo pague por isso. Enquanto eu for presidente, não haverá privatização. O que podemos construir são parcerias com empresas, já que há interesse, inclusive de empresas italianas, em discutir possibilidades com os Correios”.

A empresa registrou perdas de R$ 6,05 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, acumulando um total de R$ 10 bilhões desde 2022. Devido a essa crise, o presidente lamentou a situação e tomou a decisão de alterar a gestão do órgão, ciente de que mudanças, inclusive no fechamento de agências, podem ser necessárias para a recuperação financeira.

Lula enfatizou: “Uma empresa pública não precisa gerar lucros exorbitantes, mas também não pode acumular prejuízos. É fundamental que haja equilíbrio financeiro. Estamos prontos para fazer as mudanças necessárias, substituindo pessoas por aquelas que tenham competência para gerir os Correios”.

Ele ressaltou ainda que a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, tem a missão de recuperar a saúde financeira da empresa, destacando que existe tempo para alcançar esse objetivo.

O presidente comentou sobre o impacto financeiro da taxa das blusinhas, que teria causado um prejuízo de R$ 1 bilhão, mas afirmou que a principal causa da crise está ligada à má gestão. Ele reitera que parcerias ou transformação em empresa de economia mista são opções, mas a privatização está descartada.

Recentemente, o Tesouro Nacional negou um pedido de empréstimo de R$ 20 bilhões feito pelos Correios, após bancos cobrarem juros muito acima do permitido. Atualmente, a estatal está em busca de um empréstimo com garantia da União para se reestruturar e voltar a ter lucro até 2027, meta estabelecida pelo novo presidente, Emmanoel Schmidt Rondon.

Fontes indicam que grandes bancos brasileiros estarão envolvidos na operação. Sobre o valor do empréstimo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o montante pode chegar a R$ 12 bilhões.

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