Brasil
Lula lamenta morte de servidores do IBGE em incêndio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu pesar pela morte de dois servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que faleceram nesta terça-feira enquanto combatia um incêndio em área verde no Distrito Federal.
Valmir de Souza e Silva e Manoel José de Souza Neto, ambos com 65 anos, integravam a brigada de incêndio do instituto. Eles perderam a vida tentando impedir que o fogo atingisse a Reserva Ecológica do IBGE, próxima à região residencial do Tororó. A direção do IBGE decretou luto oficial de três dias.
O presidente Lula enviou suas condolências às famílias dos servidores, aos colegas de trabalho e a todos que dedicam esforços diários à proteção ambiental.
“Esses trabalhadores estavam cumprindo sua missão com coragem e dedicação, protegendo nosso país, nossa biodiversidade e nosso povo”, afirmou Lula em comunicado divulgado na quarta-feira (30).
Ele também destacou as iniciativas do governo federal no combate aos incêndios florestais e à emergência climática, citando a nova Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. “Ainda há muito a ser feito. Continuaremos investindo com responsabilidade para proteger vidas humanas, as florestas brasileiras e o futuro das próximas gerações”, enfatizou.
A Reserva Ecológica do IBGE está situada na Área de Proteção Ambiental Gama e Cabeça de Veado, uma região próxima ao incêndio. Sua conservação é fruto da colaboração entre o IBGE, o Jardim Botânico de Brasília e a Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília (UnB).
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, manifestou solidariedade às famílias dos servidores e reconheceu a importância da profissão de brigadista, destacando sua alta periculosidade dada a natureza imprevisível do fogo.
O Jardim Botânico lamentou profundamente a perda de Valmir e Manoel, servidores do IBGE desde os anos 1980, ressaltando seu compromisso duradouro com a conservação ambiental.
A Universidade de Brasília também se pronunciou, recordando que a reserva é vital para pesquisas ecológicas no Cerrado e que os projetos desenvolvidos ali contribuíram para a formação de várias gerações de pesquisadores. “Não teríamos avançado sem o trabalho dedicado e solidário dos servidores da Reserva Ecológica do IBGE, especialmente dos brigadistas. A perda de Valmir e Manoel, que protegeram mais uma vez nosso patrimônio natural e científico, nos causa profunda tristeza”, destacou em nota.

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