Economia
Lula quer novo Plano Safra para reduzir preço dos alimentos
Governo quer ampliar a oferta de produtos alimentícios como oferta de barateá-los
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário discutam um novo Plano Safra para estimular a produção agropecuária, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta sexta-feira (24). A declaração foi realizada após reunião no Palácio do Planalto para debater o tema.
“O presidente determinou que a gente comece a discutir medidas de estímulo, um novo Plano Safra que estimule mais os alimentos na mesa da população. Além disso, levar mais tecnologia para os pequenos produtores para que eles possam aumentar a produtividade e, com isso, conter a inflação dos alimentos“, disse o ministro Carlos Fávaro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, teve alta de 0,11% nos preços em janeiro. O indicador econômico foi puxado por alimentação e bebidas, que tiveram avanço de 1,06% no mês.
A orientação de Lula tem como objetivo baixar os preços dos alimentos. Em coletiva de imprensa após a reunião, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou que a estratégia adotada pelo governo será apostar em aumentar a oferta de produtos para reduzir o preço a partir da regra de concorrência de mercado.
“O presidente pediu aos ministros Carlos Fávaro e Paulo Teixeira para que deem uma lente de aumento, um foco maior, uma atenção maior na definição de políticas agrícolas já existentes com recursos já existentes para o estímulo da produção. Para que esses estímulos sejam mais concentrados tenham foco maior nos produtos que fazem parte da cesta básica”, disse Rui Costa.
O ministro da Casa Civil voltou a descartar a implementação de subsídios e mudança no prazo de validade dos alimentos como estratégia de redução de preços. Rui Costa também disse que não haverá “supermercados estatais” no mesmo formato das farmácias populares.
“Não haverá congelamento de preço, tabelamento de preço, fiscalização de preço. Ele [presidente] até frisou: não haverá fiscal do Lula nas feiras”, afirmou Rui Costa.
Alíquota de importação
Outra estratégia que vem sendo estudada pelo governo é reduzir as alíquotas de importação sobre alimentos que estejam mais caros no mercado doméstico do que no exterior.
Segundo Rui Costa, será realizada uma análise dos valores de mercado dos produtos nos cenários doméstico e internacional e, se for necessário, o governo reduzirá as alíquotas de importação para que os alimentos sejam vendidos no mercado doméstico com um preço igual ou abaixo do mercado externo.
“Se tem produtos com preços mais caros no mercado interno, as alíquotas serão reduzidas para trazer esses produtos ao preço do mercado internacional. Essa é a regra”, resumiu Rui Costa sobre o plano do governo.
Durante a coletiva de imprensa, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, citou o milho como um dos produtos que pode ter a alíquota de importação reduzida.
“O milho no mercado interno está um pouco mais alto do que no mercado internacional. A gente não quer fazer nenhum tipo de intervenção heterodoxa. Somos exportadores de alimentos. Não pode o nosso alimento está mais caro aqui do que está lá fora. Se confirmado, podemos baixar as alíquotas”, disse Carlos Fávaro.
Lula realizou na manhã desta sexta-feira (24) uma reunião com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro(Agricultura), Paulo Teixeira(Desenvolvimento Agrário), Sidônio Palmeira (Secom), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão) e Edegar Pretto, diretor-presdente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
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