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Lula rejeita interferência estrangeira e ameaça à soberania

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou indiretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao afirmar que os países da América do Sul não precisam de interferência externa nem ameaças à sua soberania nacional.
Durante um evento em Manaus (AM), Lula destacou a importância de combater o crime organizado e proteger a floresta amazônica. O presidente participou da inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, que visa fortalecer a colaboração entre os nove países amazônicos e os nove estados brasileiros que formam a Amazônia Legal. A cerimônia contou com a presença do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e da vice-presidente do Equador, María José Pinto.
“Não precisamos de interferências estrangeiras nem de ameaças à nossa soberania. Somos plenamente capazes de encontrar nossas próprias soluções”, declarou o presidente. “É a primeira vez na história da Amazônia que tantos representantes se reúnem em um mesmo espaço para um objetivo comum.”
Lula afirmou ainda que a recente operação contra o crime organizado na Faria Lima, considerada a maior da história no combate às organizações criminosas de alto escalão, é um marco importante. Segundo ele, não deve haver espaço para que moradores das periferias, povos indígenas e comunidades ribeirinhas sofram com a violência enquanto os líderes criminosos permanecem impunes.
“O governo está ao lado do povo que sofre e adota uma postura firme e decidida contra o crime”, completou.
O presidente tem enfatizado a defesa da soberania nacional desde que os Estados Unidos iniciaram penalizações contra o Brasil e autoridades brasileiras, usando como base o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta mesma terça-feira, a Casa Branca se pronunciou sobre possíveis sanções adicionais ao Brasil. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que Donald Trump não hesitará em utilizar os recursos econômicos e militares dos Estados Unidos para garantir a liberdade de expressão globalmente.
“Não tenho informações adicionais para compartilhar no momento, mas posso garantir que essa é uma prioridade para a administração, que está pronta para empregar todo o poder econômico e militar dos EUA para proteger a liberdade de expressão no mundo,” afirmou a porta-voz.

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