Lula tem aprovação maior que desaprovação pela primeira vez em 2024

A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a subir após uma queda na última pesquisa da AtlasIntel/Bloomberg e atingiu 50,8%, conforme o levantamento divulgado na quarta-feira, 17. A desaprovação está em 48,3%, e 0,9% das pessoas não souberam responder.

Esta é a primeira vez desde outubro do ano passado que a aprovação do presidente ultrapassa a desaprovação, considerando também a margem de erro das pesquisas. O aumento entre duas pesquisas consecutivas foi o maior até agora, com 2,9 pontos percentuais.

Embora tenha havido melhora, a maioria ainda avalia o governo Lula de forma negativa, mesmo que esse número tenha diminuído em relação ao mês anterior.

Atualmente, 48% consideram o governo como “ruim ou péssimo”, uma redução de 3,2 pontos percentuais. Quem classifica o governo como “ótimo ou bom” subiu de 43,7% para 46,2%. A parcela que acha o governo “regular” aumentou de 5,1% para 5,8%.

A pesquisa também identificou os principais acertos e erros do governo na visão da população. O destaque positivo é a gratuidade para todos os remédios e produtos da Farmácia Popular, aprovada por 84% dos entrevistados, com uma diferença positiva de 72 pontos percentuais entre aprovação e desaprovação dessa medida.

Outras decisões com grande aceitação incluem a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, com diferencial positivo de 69 pontos percentuais, e a remoção de garimpeiros de áreas indígenas e ambientais, com 63% de saldo positivo.

Por outro lado, os principais pontos negativos apontados foram o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com 18 pontos percentuais negativos, a política de cotas de emprego para detentos ou ex-detentos em licitações públicas, com 12 pontos negativos, e a chamada “taxa das blusinhas”, que teve o pior saldo, com 28 pontos percentuais negativos.

A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg ouviu 7.291 pessoas por meio de questionários online entre os dias 10 e 14 de setembro. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.