Economia
Lupi nega irregularidades na Previdência na CPI do INSS

Em seu depoimento à CPI do INSS, Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência, afirmou não ter se envolvido em nenhuma irregularidade no instituto nem ter acobertado desvios relacionados aos descontos feitos em benefícios de aposentados e pensionistas.
Desde que deixou o cargo em maio, Lupi expressa sua expectativa de que os responsáveis pelas fraudes sejam levados à justiça. Ele é um dos principais investigados na CPI, pois liderava a pasta quando o problema dos descontos associados aumentou significativamente em 2023 e 2024.
“Eu jamais tive condenação judicial. Nunca cometi desvios e não encobri ninguém. Desejo que todos os funcionários do INSS envolvidos sejam responsabilizados criminalmente. Estou colaborando com esta comissão, onde fui convidado, não convocado”, declarou.
O depoimento de Lupi gerou apreensão no governo, pois ele recusou participar de um treinamento preparatório para a sessão. Pessoas próximas a ele relatam que ele encara sua participação com calma e confiança.
Seu jeito espontâneo torna imprevisível sua postura durante as investigações, e os membros do governo já estão sendo preparados para o que vier.
Ao deixar o ministério, no início de maio, Lupi manifestou insatisfação com a forma como seu afastamento ocorreu. Ele pediu para sair após o escândalo vir à tona, reconhecendo que a situação tornou sua permanência insustentável.
Embora não seja citado diretamente nas investigações, o governo percebe que a opinião pública acredita que ele não agiu prontamente para interromper os descontos indevidos. As apurações também revelaram que o governo demorou a reagir, mesmo depois de diversos avisos.
Em entrevista ao Globo em abril, Lupi admitiu que houve lentidão nas ações para impedir as fraudes, mas negou ter sido negligente. Ele já declarou a pessoas próximas seu incômodo por não ter sido informado por outras áreas a respeito dos prejuízos causados pelos descontos associativos.

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