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Madrasta explica fuga após acidente fatal do namorado da enteada
A madrasta da jovem que atropelou e matou o namorado e uma amiga dele na madrugada do domingo, 28 de dezembro, estava no veículo durante o acidente. Em depoimento à polícia, ela relatou ter sido ameaçada por testemunhas imediatamente após o ocorrido.
Gabrielle Schneid de Pinho, companheira da mãe de Geovanna Proque da Silva, afirmou que não prestou socorro por temor de linchamento. Segundo a médica, um homem a segurou pela nuca e a conduziu até uma mureta, onde uma menina lançou um chinelo na sua direção e outro indivíduo sugeriu que ela fosse fuzilada.
Raphael Canuto Correa, de 21 anos, e Joyce Correa da Silva, de 19, foram perseguidos e atingidos por um carro conduzido por Geovanna no bairro do Campo Limpo, zona sul de São Paulo.
A madrasta relatou que estava na casa onde reside com a mãe e a enteada quando foi acordada por Geovanna, que a convidou para ir a um churrasco na casa do rapaz, alegando a presença de uma menina no local. Gabrielle aceitou acompanhar a jovem preocupada com o estado mental dela, pois sabia que Geovanna sofria de transtornos psiquiátricos e fazia uso de medicamentos controlados.
No local, Geovanna e Raphael discutiram, e ao saírem, a jovem acelerou o carro na direção do namorado que seguia em alta velocidade de moto, com uma amiga na garupa.
Gabrielle percebeu que o retrovisor do veículo chegou a colidir com uma pessoa e logo depois recorda apenas do impacto do acidente e do acionamento dos airbags. Devido ao choque, a moto foi lançada por cerca de 30 metros, e Raphael e Joyce morreram no local. Dois carros estacionados também foram danificados, e um homem ficou ferido.
Geovanna tentou fugir, mas logo foi detida por policiais antes que populares a linchassem, sendo presa em flagrante na rua Professor Leitão da Cunha, bairro Parque Regina.
Testemunhas e a polícia apontam que o crime foi motivado por ciúmes, já que momentos antes do atropelamento, Geovanna demonstrava incômodo com a presença de mulheres na festa e seguiu o namorado após este sair de moto da confraternização.
Vídeos de segurança mostraram o momento da colisão.
Ao ser presa, Geovanna apresentava sinais de sonolência, mas estava consciente e confirmou o uso de antidepressivos e uma tentativa prévia de suicídio. Ela foi encaminhada para assistência médica e teve a prisão convertida em preventiva, respondendo por duplo homicídio qualificado.
A investigação está a cargo do 37° Distrito Policial no Campo Limpo, com diligências para identificar e localizar testemunhas e novas provas.
Joyce foi velada no dia 28 de dezembro, enquanto a despedida de Raphael ocorreu no dia seguinte, 29 de dezembro.


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