Maduro manda exercícios militares nas maiores áreas da Venezuela

O presidente Nicolás Maduro da Venezuela ordenou a realização de exercícios militares nas maiores comunidades do país nesta quarta-feira (15). Esta ação foi uma resposta ao envio de navios de guerra dos Estados Unidos para o Caribe, que o governo venezuelano considera uma ameaça à paz na região.

Desde agosto, o governo do presidente Donald Trump tem enviado navios ao Caribe para operações contra o tráfico de drogas, segundo informações oficiais dos EUA. Trump acusa Maduro de liderar redes de narcotráfico, o que é negado pelo líder venezuelano, que considera esses argumentos uma justificativa para possíveis intervenções militares no país, que enfrenta o que ele chamou de a “ameaça militar mais grave e incomum da história”.

Recentemente, as forças americanas informaram a destruição de outra embarcação que, segundo eles, transportava seis narcoterroristas. Desde o início de setembro, pelo menos cinco pequenas embarcações foram atacadas, resultando em 27 mortes. O governo de Caracas denuncia esses incidentes como execuções extrajudiciais.

Maduro declarou que será mobilizada toda a força militar, popular e policial do país para defesa integral. Imagens da televisão estatal mostraram veículos blindados em movimento desde as primeiras horas do dia em Petare, uma das maiores favelas próxima à capital, Caracas.

A operação militar dessa quarta-feira abrange a capital e o estado vizinho Miranda, abrangendo uma população estimada de 7 milhões de pessoas. O objetivo é proteger áreas vitais como montanhas, litorais, escolas, hospitais, fábricas, mercados e comunidades para garantir a continuidade da paz.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmou que os ataques dos EUA têm como principal objetivo roubar os vastos recursos naturais da Venezuela.

Cabello ressaltou que esses exercícios militares fazem parte de uma estratégia constante para enfrentar o cerco e as ações agressivas vindas dos Estados Unidos.