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Maduro pode declarar estado de emergência na Venezuela contra possível ‘ataque’ dos EUA

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A Venezuela está preparada para emitir um decreto que instituirá um estado de emergência, concedendo poderes especiais ao presidente Nicolás Maduro caso os Estados Unidos realizem alguma forma de ‘ataque’. Essa decisão vem após a movimentação de navios de guerra e tropas americanas na região do Caribe, conforme informado pela vice-presidente Delcy Rodríguez nesta segunda-feira (29).

Washington mobilizou uma força naval composta por oito navios de guerra e um submarino nuclear, parte de uma operação para combater o tráfico de drogas. Segundo informações, ao menos três embarcações suspeitas de transportar drogas da Venezuela foram destruídas, resultando em 14 mortos.

Delcy Rodríguez declarou em um evento realizado em Caracas com o corpo diplomático que ‘o presidente já assinou o decreto de comoção externa’. Este decreto autoriza Maduro a agir em questões de defesa e segurança para proteger o país diante de qualquer agressão por parte dos Estados Unidos.

Apesar disso, uma fonte oficial informou à AFP que o documento ainda não foi oficialmente assinado pelo presidente. A vice-presidente apresentou o decreto para demonstrar que tudo está preparado para que o presidente o promulgue a qualquer momento.

O decreto, que está amparado por uma legislação de estados de exceção, prevê a possibilidade de restrição temporária de certos direitos constitucionais, algo que tem causado preocupação em organizações de direitos civis. O diretor da ONG Acesso à Justiça, Ali Daniels, afirmou que a maior preocupação é a suspensão ou limitação de direitos que não correspondam à realidade atual.

Nicolás Maduro também convocou o alistamento nas reservas militares e ordenou exercícios nas Forças Armadas, incluindo simulações para situações de emergência.

Delcy Rodríguez enfatizou a unidade da Venezuela na defesa do país e reafirmou que a pátria jamais será entregue.

A Venezuela já denunciou na Organização das Nações Unidas as operações militares dos Estados Unidos no Caribe.

Delcy Rodríguez alertou que uma agressão militar não prejudicaria apenas o povo e o governo venezuelano, mas afetaria todo o país, a região e até os próprios Estados Unidos, talvez por muitas décadas.

Além disso, a vice-presidente afirmou que qualquer pessoa que promover, apoiar, facilitar ou elogiar uma intervenção militar será responsabilizada judicialmente.

O governo venezuelano acusou, por exemplo, a líder da oposição María Corina Machado de defender secretamente uma intervenção estrangeira no país.

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