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Maioria dos brasileiros rejeita anistia para Bolsonaro
Um levantamento recente do Instituto Datafolha divulgado neste sábado revela que mais da metade da população brasileira é contrária à aprovação de uma anistia destinada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado à prisão por tentativa de golpe de estado e por outros quatro crimes.
A pesquisa mostra que 54% dos entrevistados desaprovam a concessão dessa anistia, enquanto 39% apoiam a medida. Além disso, 2% se declararam indiferentes e 4% não souberam opinar.
O estudo foi realizado entre os dias 8 e 9 deste mês em 113 municípios, abrangendo um total de 2.005 entrevistados, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Em relação à anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, 61% dos participantes são contrários, enquanto 33% apoiam essa anistia.
Outra pesquisa do mesmo instituto publicada neste sábado indicou que o apoio à prisão do ex-presidente voltou a aumentar, com 50% dos entrevistados favoráveis e 43% contrários à medida.
O levantamento mais recente do Datafolha foi feito em um momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) estava julgando Bolsonaro e outras sete pessoas apontadas como integrantes do núcleo central da trama golpista.
Ao longo do ano, houve variações no apoio à prisão do ex-presidente: em abril, 52% apoiavam a medida e 42% eram contra; em julho, o apoio e a rejeição estavam praticamente empatados, com 48% e 46%, respectivamente.
O levantamento também mostrou que o apoio à prisão é mais forte entre os nordestinos (62%), jovens entre 16 e 24 anos (56%) e católicos.
Outra mudança observada foi na percepção de impunidade: em abril e julho, cerca de 51% acreditavam que Bolsonaro escaparia da prisão, mas a partir do início das sessões do STF, 50% passaram a acreditar que ele será preso.
Bolsonaro e seus aliados foram condenados por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O ex-presidente pretende solicitar à Justiça o direito de cumprir a pena em prisão domiciliar, fundamentando-se nas sequelas e riscos decorrentes da facada que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018, conforme divulgado pela colunista do GLOBO, Malu Gaspar.

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