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Maioria vê pena de 27 anos para Bolsonaro como dura demais
Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest e divulgada nesta quarta-feira, 17, indica que 49% da população brasileira considera excessiva a pena de 27 anos e três meses de prisão imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por outro lado, 35% julgam a pena adequada, enquanto 12% a veem como insuficiente, com 4% não respondendo à questão.
Na semana anterior, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro por diversos crimes, incluindo organização criminosa, tentativa de golpe de Estado, atentado contra o Estado Democrático de Direito, dano qualificado e dano a patrimônio histórico. Além da prisão, foi estipulada a multa de 124 dias-multa, correspondendo a duas vezes o salário mínimo por cada dia.
A pesquisa também avaliou a opinião dos brasileiros sobre outras restrições impostas a Bolsonaro pelo Supremo. A prisão domiciliar é considerada adequada por 51% dos entrevistados, com 28% achando a medida exagerada e 16% insuficiente. Quanto ao uso de tornozeleira eletrônica, 48% apoiam a medida, 35% a consideram excessiva e 13% insuficiente. Essas medidas foram aplicadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, antes da condenação por tentativa de golpe de Estado.
Em julho, Moraes determinou o uso da tornozeleira eletrônica e outras restrições, como a proibição do acesso às redes sociais para Bolsonaro. No mês seguinte, decretou prisão domiciliar após o ex-presidente descumprir as limitações. Na ocasião, o ministro afirmou que Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro tentaram pressionar o julgamento da ação penal referente ao golpe.
Sobre a inelegibilidade de Bolsonaro decorrente da condenação, 47% dos brasileiros a consideram justa, 35% exagerada e 12% insuficiente.
Questionados acerca da trama golpista, 55% afirmam que houve uma tentativa de derrubar a posse do presidente Lula após as eleições de 2022, enquanto 38% negam que tenha ocorrido uma ruptura institucional.
Além disso, 54% acreditam que houve participação direta de Bolsonaro na tentativa de golpe, enquanto 34% discordam dessa interpretação.
A pesquisa foi realizada com 2.004 indivíduos com 16 anos ou mais, entre os dias 12 e 14 de setembro, apresentando margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

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