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Mais da metade dos veículos escolares da rede pública de SP está irregular
Pesquisa do TCE mostra que de 5.587 veículos fiscalizados, 3.433 tinham irregularidades. Quase 60% está com o pagamento do IPVA atrasado.
Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta que mais da metade da frota que atende os alunos da rede pública não está em condições de circular.
O TCE fiscalizou, no início deste mês, o transporte da rede municipal e estadual em 156 cidades do estado de São Paulo e 23 diretorias regionais de ensino. Dos 5.587 veículos fiscalizados, 3.433 tinham alguma irregularidade.
Os mais de 200 fiscais encontraram extintores de incêndio vencidos, bancos sem poltronas para sentar, portas fechadas com correntes e cadeados.
Um cruzamento de dados com o departamento de trânsito ainda mostra que 59,63% dos veículos que fazem transporte escolar estão com o pagamento do IPVA atrasado e 53,94% devem R$ 2,7 milhões em multas.
Sobre a segurança no transporte escolar, o TCE constatou que 82% têm cintos de segurança, mas apenas 45% dos alunos usam o cinto. Mais de 4.500 condutores foram fiscalizados e 126 não poderiam trabalhar por vários motivos como carteira de motorista exigida para habilitação, mais de 20 pontos na carteira, CNH cassada.
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Dimas Ramalho, diz que o órgão está tomando providências. “Como é que deixa um motorista dirigir senão está habilitado para dirigir o veículo. Depois acontece uma tragédia, crianças morrem. É falta de gestão, nós estamos exigindo eficiência administrativa e, em alguns casos, vou mandar para o Ministério Público porque é questão já de improbidade.
Pneus de uma van em péssimo estado transportam os alunos de Suzano. O motorista, que preferiu não se identificar, diz que já cansou de pedir a troca de pneus para a Prefeitura. “Eu tava trabalhando aqui com um medo danado desse carro dar uma derrapada aí e eu não conseguir segurar”. O elevador para transportar cadeirantes também estava com problemas.
A Prefeitura de Suzano informou, em nota, que não identificou nenhum veículo com problemas apontados.
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