Mais de 100 drones ucranianos atacam Moscou e São Petersburgo

Rússia declarou que mais de 100 drones oriundos da Ucrânia realizaram ataques contra Moscou e diversas regiões do país na última quinta-feira, evento ocorrido menos de duas semanas após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter questionado o líder ucraniano Volodymyr Zelensky sobre a possibilidade de um ataque às cidades russas de Moscou e São Petersburgo.

Segundo o Ministério da Defesa russo, as defesas aéreas conseguiram derrubar 122 drones durante a noite, em meio à intensificação dos bombardeios aéreos de ambos os lados, num contexto de estagnação no campo de batalha e negociações de paz sem avanços significativos.

Os recentes ataques russos à Ucrânia têm sido mais numerosos do que os ataques contrários. Na semana passada, por exemplo, a Rússia lançou um total superior a 700 drones e mísseis em toda a Ucrânia, configurando o maior ataque desse tipo desde o início do conflito, agora em seu quarto ano. Kiev não se manifestou imediatamente sobre os ataques de drones mais recentes.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, informou que três drones dirigidos à capital russa foram neutralizados. Também foi relatado que um distrito a leste de São Petersburgo foi alvo dos ataques. O principal aeroporto da cidade interrompeu temporariamente suas operações durante a noite, sem especificar a ameaça de drones. Normalmente, a Rússia não divulga detalhes sobre os motivos das paralisações aéreas.

Na região de Voronezh, próxima à fronteira com a Ucrânia, autoridades relataram que três crianças ficaram feridas após destroços de um drone abatido atingirem um prédio residencial de múltiplos andares. Na região de Smolensk, situada a oeste de Moscou, também foram registradas vítimas devido à queda de destroços de drones.

Os ataques da Rússia contra cidades ucranianas prosseguiram durante a semana. Na terça-feira, o líder da região oriental de Dnipropetrovsk comunicou que uma pessoa foi morta e outras cinco ficaram feridas em ataques noturnos realizados por drones.