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Malafaia acusa Moraes de perseguição religiosa

Em um discurso na Avenida Paulista durante um ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 7, o pastor Silas Malafaia criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por incluí-lo como investigado em um inquérito sobre obstrução da ação penal da trama golpista e afirmou estar sendo alvo de uma “perseguição religiosa” por parte do ministro.
Malafaia lamentou a apreensão de seus cadernos pela Polícia Federal em uma ação referente ao dia 20 de agosto, atribuindo isso à suposta perseguição. “Meus cadernos são minha ferramenta de trabalho. Alexandre de Moraes, você não promove apenas perseguição política, mas também religiosa”, declarou.
O pastor também reclamou da apreensão do seu passaporte, classificando isso como uma forma de intimidação, e da divulgação de seus diálogos com Jair Bolsonaro. Segundo ele, essa divulgação tinha como objetivo prejudicar sua imagem. “De fato, às vezes falei coisas inadequadas, eu reconheço. Mas é melhor isso do que destruir a democracia brasileira. O que ele (Moraes) faz é liberar essas informações para manchar minha reputação perante a opinião pública brasileira e evangélica”, afirmou.
Malafaia ainda destacou que costuma enviar seus vídeos diretamente para quatro ministros do STF e que a análise do seu celular apreendido mostrará isso. “Vaza que os vídeos que publico são enviados para quatro ministros do STF, diretamente nos seus telefones. Eles estão em conluio comigo? Prevaricaram? Claro que não”, disse.
O pastor também criticou a condução da ação penal relacionada à trama golpista contra Jair Bolsonaro e afirmou que não existem provas de que o ex-presidente tenha tentado executar qualquer ação golpista.
“Calem a boca”
Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), ambos cotados como possíveis candidatos presidenciais para 2026, Malafaia criticou as discussões sobre nomes da direita para substituir Jair Bolsonaro na disputa e mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve sua candidatura até o último dia, mesmo estando preso por conta da Lava Jato, em 2018.
“Nenhum apoiador de Bolsonaro ou alguém da direita deve dizer: se Bolsonaro não for candidato, eu estou aqui. Isso é imaturidade política. Quero lembrar que Lula estava preso até um dia antes do prazo final para candidatura pelo TSE na eleição de 2018. Ele indicou Fernando Haddad, mesmo estando na cadeia. Qual é a ideia de vir aqui dizendo que A, B ou C será o candidato da direita? Calem a boca!”, declarou.

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