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Malafaia critica prisão de Bolsonaro e acusa distração pelo caso Banco Master
Pastor Silas Malafaia expressou sua desaprovação em relação à prisão preventiva decretada no sábado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele chamou o motivo apresentado para a prisão de “desculpa fraca”.
O líder religioso declarou ao Globo que a ordem de prisão é injusta e que não faz sentido acreditar que Bolsonaro tentaria fugir. Segundo ele, essa ação é apenas uma manobra para desviar a atenção do grande escândalo relacionado ao Banco Master.
— A prisão é uma distração do ministro para tirar o foco do escândalo da roubalheira bilionária envolvendo o Banco Master, onde estão envolvidas pessoas influentes. O documento que justifica a prisão de Bolsonaro não menciona tornozeleira eletrônica, mas fala sobre uma manifestação pacífica convocada pelo filho dele, Flávio Bolsonaro. Onde está escrito que isso é proibido pela Constituição? — declarou o pastor, qualificando a decisão como injusta.
O caso do Banco Master resultou na detenção do presidente do banco, Daniel Vorcaro, e envolve uma fraude estimada em 12,2 bilhões de reais com a venda de créditos falsos ao BRB, causando prejuízo ao banco público brasiliense.
Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã de sábado baseado na avaliação de risco de fuga feita pelo ministro Moraes, que também afirmou que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente foi violada logo após a meia-noite daquele dia. O ministro mencionou ainda uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro em frente à residência do ex-presidente, indicando que a ordem de prisão não se relaciona diretamente com a condenação pela tentativa de golpe de Estado, que ainda está em processo de recurso.
Na decisão, Alexandre de Moraes relatou a comunicação do Centro de Integridade da Monitoração Integrada do Distrito Federal confirmando a violação do monitoramento eletrônico às 0h08 do dia 22 de novembro de 2025.
O ministro considerou que a violação da tornozeleira indicava a intenção de Bolsonaro de fugir, apoiada pela confusão gerada pela manifestação organizada por seu filho.
Ele também destacou que a vigília, apesar de descrita como pacífica, se assemelha às táticas utilizadas pela organização criminosa liderada por Bolsonaro, que usa manifestações públicas para obter benefícios pessoais.
A manifestação ilegal dos apoiadores do condenado pode comprometer sua prisão domiciliar e as medidas cautelares, facilitando uma tentativa de fuga, segundo Moraes.
O ministro determinou que a prisão fosse realizada respeitando a dignidade de Bolsonaro, sem uso de algemas e evitando exposição midiática. Além disso, negou o pedido da defesa para converter a prisão em domiciliar por razões humanitárias.

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