Economia
Mandato para diretores do Banco Central garante segurança ao país, afirma Galípolo

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou que o mandato dos diretores da instituição serve como uma proteção importante para o país em meio a tentativas de alguns partidos do Centrão de conceder ao Congresso o poder de destituir a alta direção do Banco Central.
Galípolo ressaltou que não é papel do Banco Central se manifestar sobre propostas legislativas, mas garantiu que seus diretores não estão sujeitos a pressões e sempre tomarão decisões baseadas em critérios técnicos.
“O mandato dos diretores do Banco Central não é uma proteção para o diretor individualmente, mas uma segurança para o país. Nenhum diretor coloca a preocupação de manter seu cargo acima de fazer o que é correto e técnico. Todos escolherão agir corretamente, mesmo que isso possa significar perder seus empregos. Não há conflito entre fazer o certo e preservar o cargo”, afirmou o presidente na última sexta-feira.
Segundo ele, as práticas internacionais recomendam que, ao preservar o mandato dos diretores, o Banco Central fica mais fortalecido e pode alcançar melhores resultados em suas funções.
“As melhores práticas globais mostram que, quando a diretoria do Banco Central pode tomar decisões técnicas protegidas pelo mandato, isso fortalece a instituição e traz resultados superiores.”
Quando questionado sobre a recusa do Banco Central, nesta semana, na compra do Banco Master pelo BRB, Galípolo ressaltou que a decisão está protegida pelo sigilo bancário.
Recentemente, partidos que vão da centro-esquerda à direita, liderados pelo PP, apresentaram um requerimento para dar urgência a um projeto que, na prática, retiraria a autonomia operacional do Banco Central, conquistada em 2021.
O projeto prevê que o Congresso teria a autoridade para destituir presidentes ou diretores do Banco Central caso as atividades da instituição sejam consideradas contrárias aos interesses nacionais. Atualmente, apenas o presidente da República pode exonerar a diretoria do Banco Central, e isso ocorre seguindo critérios bastante rigorosos.

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