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Manifestação da esquerda na Praça da República reúne milhares em São Paulo

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Uma manifestação organizada por líderes da esquerda e sindicatos ocorreu na Praça da República, em São Paulo, atraindo cerca de 8,8 mil pessoas no último domingo (7).

Essa estimativa foi obtida pelo Monitor do Debate Político, um grupo ligado ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com a ONG More in Common.

O estudo utiliza imagens aéreas analisadas com ferramentas de inteligência artificial, mostrando uma margem de erro de aproximadamente 1,1 mil pessoas, o que indica que o público presente ficou entre 7.704 e 9.806 indivíduos.

Foram capturadas 25 fotografias em diferentes momentos do evento, posteriormente segmentadas para melhor análise. O método P2PNet, que combina drones e software avançado de reconhecimento, identificou as cabeças das pessoas com uma precisão de quase 73%.

Essa ação foi realizada em resposta aos protestos organizados pelos bolsonaristas no feriado da Independência, no mesmo dia. Dentre os presentes estiveram o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, além dos deputados federais Guilherme Boulos e Érika Hilton, ambos do PSOL.

Os manifestantes exibiram cartazes e faixas pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e se posicionaram contra a concessão de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A principal mensagem do ato foi a defesa da soberania do país, um tema que tem sido enfatizado pelo governo atual de Lula e pela esquerda, especialmente após as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

Durante seu discurso, Edinho Silva ressaltou a importância de responsabilizar os envolvidos na tentativa de golpe, expressando confiança no julgamento sensato dos parlamentares.

Ele comentou: “Não podemos trivializar ou aceitar como normal algo tão sério. Tivemos um resultado eleitoral legítimo, mas aqueles que perderam tentaram derrubar a ordem democrática, chegando a planejar assassinatos dos líderes eleitos. Se isso for aceito, criaremos um precedente perigoso, onde a derrota nas eleições justifica golpes e violência.”

Nesta mesma data, representantes da direita se reuniram na Avenida Paulista em um ato em defesa da anistia para Bolsonaro e demais condenados dos eventos de 8 de janeiro.

O julgamento dos envolvidos na conspiração golpista, incluindo Bolsonaro, iniciou-se recentemente no Supremo Tribunal Federal (STF) e prossegue a partir do dia 9 de setembro.

Bolsonaro enfrenta acusações por organização criminosa, tentativa de abolição violenta do estado democrático, golpe de Estado, delitos relacionados à violência e dano ao patrimônio histórico.

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