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Centro-Oeste

Manifestação das Mulheres Negras na Esplanada dos Ministérios

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A Esplanada dos Ministérios foi palco nesta terça-feira (25/11) da segunda Marcha Nacional das Mulheres Negras. Com o tema “Reparação e bem viver”, mulheres de diversas partes do Brasil se reuniram em Brasília, celebrando uma década desde a primeira edição do evento.

O protesto causou impacto no trânsito local, gerando congestionamentos que se estenderam desde a rodoviária.

Esse movimento destaca a luta racial promovida por um grupo diverso de guerreiras brasileiras, incluindo quilombolas, ribeirinhas, do campo, urbanas, periféricas, acadêmicas, artistas, trabalhadoras, meninas, mães, jovens e anciãs.

O lema da marcha ressalta a “força” e a “resistência” das participantes que caminharam em direção ao Congresso Nacional, buscando superar as dores históricas do passado.

A estudante de psicologia Gabriela Mattos, 21 anos, participou e enfatizou a relevância da causa: “Nós precisamos nos unir e fazer o Brasil inteiro ouvir que merecemos respeito. Essa luta é por nossos antepassados e pelas futuras gerações.”

A ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou-se como uma das principais porta-vozes: “Este é um movimento que nos enche de orgulho. Estamos aqui pelo bem viver. Hoje representamos todas nós para pensar em um projeto político que nos inclua. Nós, mulheres negras, somos a base deste país.”

A marcha

Durante o evento, quatro carros de som acompanharam a manifestação, amplificando discursos, cantos e intervenções poéticas pelos alto-falantes.

A vereadora Vanessa da Rosa (PT), presente em uma das carretas, definiu o dia como “histórico” para as mulheres negras: “É um momento crucial para o nosso país. Representamos a força e representatividade negras, lutando por igualdade e o direito de existir. Temos direito a ocupar os espaços que desejamos.”

Na sua fala, a vereadora também ressaltou a campanha pela liberdade de Sônia Maria de Jesus, uma das bandeiras da marcha, que enfatiza sua luta e processo judicial após ter sido libertada em 2023, após mais de 40 anos em condição análoga à escravidão.

A deputada estadual do Rio Grande do Sul, Laura Sito, acrescentou a importância da marcha como um marco para a transformação da vida da população negra no Brasil: “Que esta marcha transcenda o simples ato de manifestação e se torne um movimento de impacto real e personificação.”

Ela ainda destacou que a luta deve servir para fortalecer a representatividade negra nas áreas de educação, saúde e mercado de trabalho: “Queremos que os jovens negros e negras sejam chamados para participar. Lutamos por habitação digna para a população afrodescendente.”

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