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Manifestação em SP reúne líderes e apoiadores de Bolsonaro

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Em São Paulo, um evento organizado por grupos da direita e religiosos promoveu neste domingo (7) discursos em defesa da liberdade, da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Na Avenida Paulista, os manifestantes também protestaram contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em alguns casos pedindo sua prisão.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que a celebração ficou incompleta pela falta do direito de ir e vir de Bolsonaro. Segundo ele, a esquerda tenta criar narrativas para incriminar o ex-presidente, citando uma delação única, alterada várias vezes sob coação, alertando que a democracia não pode ser destruída sob a justificativa de protegê-la.

Para Freitas, a anistia deve ser ampla e incluir todos os envolvidos para promover a pacificação nacional e superar o PT. Ele destacou o crescimento de uma direita anti-establishment, voltada para o desenvolvimento econômico, sem receio de ocupar as ruas.

O pastor Silas Malafaia discursou enfatizando a necessidade de união da direita em torno de Bolsonaro. Ele criticou o julgamento contra o ex-presidente, acusando o STF e Alexandre de Moraes de comportamentos autoritários e ataques à liberdade política e religiosa. Malafaia relatou a apreensão de seus cadernos de oração e negou conversas com autoridades estrangeiras.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi a última a falar, mencionando a dificuldade de ver o marido impedido de sair de casa, realizar cultos e sujeito a vigilância desproporcional.

Durante o ato, uma bandeira gigante dos Estados Unidos foi exibida, contando também com a participação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, senadores e deputados.

Além de São Paulo, manifestações ocorreram em outras capitais, como no Rio de Janeiro, onde ocuparam um quarteirão em Copacabana com a presença do governador Cláudio Castro, Michelle Bolsonaro e deputados do PL, entre eles o réu Alexandre Ramagem, que defendeu anistia ampla para os envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023.

Soberania

Mais de 45 mil pessoas participaram do desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e ministros do Executivo marcaram presença. Parte do público protestou com gritos contra a anistia e pela soberania do país, manifestação similar aos atos promovidos por sindicatos e grupos sociais pelo país.

Esta edição do desfile oficial do 7 de setembro teve como tema central a soberania nacional. Outros temas foram a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), programada para novembro em Belém, e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O discurso do presidente Lula em rede nacional também abordou essas questões, qualificando como “traidores da pátria” aqueles que agem contra o Brasil.

As celebrações do Dia da Independência do Brasil ocorrem em meio à crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, causada pelas tarifas comerciais impostas pelo governo americano para pressionar o país a apoiar Bolsonaro, atualmente julgado pelo STF por crimes relacionados à tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito. O julgamento está previsto para ser finalizado nesta semana.

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