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María Corina Machado sofre fratura vertebral após deixar Venezuela

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María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, sofreu uma fratura na coluna depois de deixar o país de forma secreta e chegar à Noruega recentemente, informou sua porta-voz Claudia Macero.

Com 58 anos, Machado foi premiada pelo seu empenho na busca por uma transição justa e pacífica para restaurar a democracia na Venezuela.

Embora tenha permanecido oculta desde as eleições presidenciais de 2024, que a oposição considerou fraudulentas e contestou a reeleição de Nicolás Maduro, a ativista afirmou que estaria presente na cerimônia do Nobel, em Oslo.

Ela relatou ter temido pela própria vida durante a perigosa viagem que combinou uma travessia marítima até Curaçao e um voo particular com escala nos Estados Unidos, até chegar à Noruega.

Claudia Macero confirmou a lesão após um artigo do jornal norueguês Aftenposten detalhar que a fratura ocorreu durante o transporte em um pequeno barco de pesca em mar agitado.

O diagnóstico foi feito no hospital universitário Ullevål, em Oslo.

Machado chegou a Oslo na madrugada de quinta-feira, já tarde para participar da cerimônia, que teve a presença de sua filha Ana Corina Sosa em seu lugar.

Apesar da dor, ela fez questão de encontrar seus apoiadores na primeira aparição pública na Noruega.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro expressou dúvidas sobre a fratura, afirmando que “o que está quebrado é o cérebro e a alma dela, pois ela é uma inimiga que detesta a Venezuela e seu povo”.

Fuga e riscos enfrentados

Machado passou a viver na clandestinidade após as eleições de 2024, cujos resultados não foram reconhecidos por vários países, incluindo Estados Unidos e União Europeia.

Ela alega que Maduro fraudou o pleito contra seu candidato, González Urrutia, apresentando documentos como evidência.

Desde um protesto em janeiro de 2025 contra a posse de Maduro, Machado não havia se mostrado em público.

Com medo de ser declarada foragida, ela deixou a Venezuela de forma secreta, numa operação complexa conhecida como “Dinamite Dourada”, segundo relato do ex-soldado americano Bryan Stern.

Disfarçada e usando uma peruca, saiu de Caracas com destino a uma praia no norte do país. O barco escolhido para fugir estava danificado, e ela precisou ser transferida para outra embarcação, onde Stern a esperava.

Após cruzar até Curaçao, Machado pegou um avião particular rumo à Noruega.

Durante a perigosa viagem, sentiu o risco real à sua vida, mas se apoiou na fé para superar os momentos difíceis.

O ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, contestou a narrativa da saída da líder de oposição, chamando as informações de “tentativas de criar uma história exagerada” e negando participação do governo chavista na fuga.

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