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Marina Silva defende união para avançar na gestão climática

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Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, ressaltou nesta quarta-feira (10) que as ações ambientais dependem da união e solidariedade, especialmente em um cenário global desafiador, marcado por conflitos em diversas regiões, incluindo guerras tarifárias e ameaças à soberania.

“O governo não consegue realizar nada sozinho; é preciso parceria com estados, municípios, comunidade científica e sociedade”, afirmou durante o Seminário Governança Climática, em Brasília.

O evento reuniu técnicos de diferentes níveis do governo e setores estratégicos da sociedade para discutir a agenda climática nacional.

“Queremos que as políticas públicas contem com a capacidade coletiva para formular soluções, já que os efeitos das mudanças climáticas já se manifestam”, destacou a ministra.

Marina Silva lembrou que o Brasil enfrenta esta realidade, evidenciada por estudos que identificam 1.942 municípios vulneráveis à emergência climática, exigindo mais que simples mitigação e adaptação.

Ela enfatizou a necessidade de transformação por meio de políticas públicas contínuas e articulação para envolver todos os atores.

“A urgência climática abre novas oportunidades para prosperidade, gerando empregos para adaptação e transformação. Não se trata só de reduzir ou se adaptar, mas de mudar para um modelo sustentável”, reforçou.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, apoiou a proposta, destacando que é um convite à reflexão e ação antes da COP30, para consolidar o federalismo cooperativo na agenda climática, promovendo colaboração entre esferas de governo e sociedade civil.

A subprocuradora-geral da República, Luiza Cristina Frischeisen, defendeu políticas públicas permanentes e investimentos significativos.

“Os municípios devem integrar fortemente essa rede de resiliência, compartilhando e adotando boas práticas”, afirmou.

O ministro das Cidades, Jader Filho, ressaltou a importância da atuação conjunta desde as periferias até os governos estaduais e nacionais, incluindo financiamento para áreas como a Amazônia, que oferece soluções aos desafios globais.

“Se as grandes economias deixarem de apenas falar e passarem a agir conforme o Acordo de Paris, haverá recursos para garantir dignidade aos 28 milhões de pessoas que vivem na Amazônia”, declarou.

Cidades Sustentáveis

Durante o seminário, foi lançado o Banco de Projetos do Programa Cidades Verdes Resilientes, com iniciativas de governos subnacionais para intervenções urbanas climáticas, e anunciados os resultados do programa Periferias Verdes Resilientes, que receberá R$ 15 milhões em investimentos.

Os projetos beneficiarão periferias em cidades como Belo Horizonte, Colombo, Fortaleza, Olinda, Rio de Janeiro, Belém e Santo André.

Engajamento e Planejamento

Também foi aberta consulta pública para o Plano Nacional de Arborização Urbana, além da assinatura de acordo de cooperação técnica com o Instituto Rui Barbosa para implementar políticas de resiliência municipal.

“A vida acontece nos municípios”, ressaltou o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, destacando que somente o federalismo cooperativo promoverá um desenvolvimento econômico sustentável frente ao aquecimento global.

Continuidade e Debate

O evento inclui ainda o 2º Encontro Cidades Verdes Resilientes, com programação até 11 de setembro, avaliando resultados de programas para fortalecer municípios diante da emergência climática, além de debates sobre adaptação, mitigação, financiamento e instrumentos econômicos.

Coordenado pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima, o encontro lançou câmaras consultivas para fortalecer o diálogo e a governança multinível, integrando esforços alinhados à adesão do Brasil à Coalizão para Ação Climática Multinível de Alta Ambição, apresentada na COP28, em Dubai.

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