Economia
Mauro Vieira cobra em Washington fim de tarifas e sanções ao Brasil

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, encontra-se em Washington nesta quinta-feira (16) com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para preparar o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.
Fontes do governo brasileiro esperam que o diálogo entre os dois países resulte em ações concretas para encerrar a crise diplomática, incluindo a suspensão das tarifas sobre produtos brasileiros e a retirada das sanções contra autoridades do Brasil.
O encontro visa garantir que a futura reunião presidencial não seja apenas simbólica, mas que promova medidas concretas, como o fim da sobretaxa de 50% nas exportações brasileiras e a revogação das sanções a membros do Supremo Tribunal Federal.
Essa será a segunda reunião entre Vieira e Rubio neste ano. A primeira aconteceu em julho, quando Trump anunciou a sobretaxa e iniciou sanções que incluíram membros do STF e condicionou negociações comerciais ao arquivamento de processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O governo brasileiro respondeu afirmando a importância da soberania nacional e da independência dos Poderes. Além do tarifaço, os Estados Unidos iniciaram investigação por práticas comerciais desleais contra o Brasil, possivelmente resultando em novas sanções.
Washington tem foco em diversos temas, como desmatamento, corrupção, tarifas de importação, uso do Pix e comércio de produtos falsificados em São Paulo.
Além disso, há interesse americano em minerais estratégicos, negociação digital, e alinhamento geopolítico. Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou convite dos EUA para discutir temas como lítio, níquel e terras raras.
Na esfera digital, o Brasil busca um equilíbrio entre investimento e proteção da soberania dos dados, enquanto os EUA pressionam por regulamentações favoráveis às suas empresas. Para interlocutores brasileiros, o foco é na previsibilidade e ampliação dos mercados, enquanto para os americanos, o objetivo é garantir influência estratégica e evitar alinhamentos globais adversos.

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