MDB cria comissão de ética para investigar comportamento de Daniel Donizet

A direção do Movimento Democrático Brasileiro no Distrito Federal (MDB-DF) tomou a decisão de formar uma comissão de ética para examinar o comportamento do deputado distrital Daniel Donizet.

Essa decisão foi tomada após reunião realizada na manhã da última segunda-feira (30/6).

Os membros do partido decidiram que inicialmente as ações do deputado serão avaliadas internamente pelo MDB. Após o término da apuração pela comissão, poderá ser definido se o parlamentar sofrerá alguma punição, podendo inclusive ser excluído do partido.

Na sexta-feira (30/6), um dia depois de Daniel Donizet ser abordado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) enquanto conduzia seu veículo realizando manobras incomuns, o governador Ibaneis Rocha convocou a reunião para discutir a possível expulsão do deputado.

“Não compactuo com comportamentos como os apresentados pelo deputado. Não irei protegê-lo”, declarou Ibaneis Rocha.

Dentro do carro de Donizet foi encontrada uma garrafa de cerveja. Ele admitiu ter consumido bebida alcoólica anteriormente, afirmou estar em plenas condições para dirigir, recusou o teste do bafômetro e tentou usar sua influência para evitar a punição.

De acordo com os relatos dos policiais, Daniel Donizet fez diversas ligações, mencionando que iria contatar o secretário de Segurança Pública, o governador e o deputado Hermeto.

Donizet ligou para o deputado distrital Hermeto (MDB), que também é subtenente da reserva da PMDF, e passou o telefone para um policial presente na ação. Hermeto afirmou que não iria interferir no caso e que todos os procedimentos legais deveriam ser seguidos.

O parlamentar foi autuado conforme o artigo 165-A do Código de Trânsito Brasileiro, que trata da recusa do teste do bafômetro, uma infração considerada grave que acarreta multa e suspensão da carteira de motorista por um ano.

Outros episódios polêmicos

Daniel Donizet já esteve envolvido em situações controversas. Em abril deste ano, ele foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por crimes relacionados à dignidade sexual.

Em março, um vídeo divulgado pela influenciadora Andressa Urach mostrou o parlamentar em uma festa em Porto Alegre (RS), onde ela afirmou ter sido incomodada por ele.