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Medo de crise econômica cresce após tarifas de Trump, indica pesquisa

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16) revela que a preocupação dos brasileiros com a economia para os próximos 12 meses aumentou consideravelmente, saltando de 30% para 43% após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil.

Os que acreditam em uma melhora econômica diminuíram de 45% para 35%, enquanto 19% acham que a situação permanecerá estável.

Quando comparado aos últimos 12 meses, houve uma leve melhora na percepção econômica: a visão pessimista caiu de 48% para 46%, a expectativa positiva subiu de 19% para 21% e 30% enxergam a economia como inalterada.

A percepção do aumento nos preços dos alimentos nos supermercados caiu de 79% para 76%, enquanto a impressão sobre o aumento dos combustíveis subiu de 53% para 56%. Já o aumento nas contas de água e luz foi notado por 62% dos entrevistados, ante 60% anteriormente. Quanto ao poder de compra, 80% sentem uma redução em relação ao ano passado.

As preocupações dos brasileiros mudaram: a economia agora é vista como problema por 17%, ficando atrás da violência (25%) e de questões sociais (20%). A corrupção preocupa 16% dos entrevistados.

Apoio à taxação dos mais ricos

A pesquisa também mostra que a maioria dos brasileiros apoia medidas para aumentar os impostos sobre os mais ricos e reformas no sistema tributário. Cerca de 63% acreditam que o governo deve elevar os impostos dos mais ricos para aliviar a carga sobre os mais pobres, enquanto 33% discordam.

A proposta de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) tem amplo apoio: 75% são favoráveis, contra 21% contrários. Quanto ao aumento da alíquota para os super-ricos, 60% aprovam a mudança, enquanto 35% são contra.

Por outro lado, 53% desaprovam o discurso político do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que polariza ricos e pobres, considerando que o discurso aumenta a divisão no país. Já 38% acham que expor privilégios sociais é correto.

A respeito da agenda econômica do governo, 59% não se sentem representados pelas prioridades atuais, enquanto 34% mostram alinhamento.

Sobre o equilíbrio fiscal, a população está dividida: 41% defendem cortes nos gastos públicos como estratégia principal, 40% preferem aumentar a arrecadação, 6% rejeitam ambas as opções, e 3% acreditam que a melhor solução é combiná-las.

O levantamento foi realizado com 2.004 pessoas em 120 municípios entre os dias 10 e 14 de julho, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

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