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Menino autista de 9 anos sofre agressão por defender irmão de bullying

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Um menino de 9 anos com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi vítima de agressão por colegas em uma escola municipal de Praia Grande, litoral de São Paulo, no dia 22 de agosto, após tentar proteger seu irmão mais velho que estava sofrendo bullying.

De acordo com a mãe das crianças, Pamela Neves, o ataque aconteceu por volta das 14h40, próximo à Escola Municipal Maria Clotilde Lopes Comitre Rego, situada no bairro Esmeralda. O garoto mais novo foi agredido por vários estudantes por ter tentado defender o irmão mais velho, de 11 anos.

“Ele tentou proteger o irmão e acabou apanhando de vários meninos. Havia adolescentes presentes que, ao invés de ajudar, incentivaram a violência e filmaram a agressão contra meu filho”, relata Pamela. “Ele estava em semana de provas e nem conseguiu entrar na escola”.

A violência só parou após a intervenção de uma mulher que levou o menino até Pamela, que trabalha perto do local. Quando ela foi até a escola, percebeu que a situação era pior do que imaginava. “Enquanto alguns batiam no meu filho, que é autista, outros seguravam o irmão para que ele não pudesse interferir.”

Pamela contou em suas redes sociais que mais de 20 alunos participaram da agressão e, até agora, apenas um dos envolvidos foi identificado. “Passei a noite na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) com meu filho, que sentia muita dor nas costas e na barriga devido aos chutes e socos. Isso não ficará sem resposta”, afirmou.

A Prefeitura de Praia Grande informou que a responsável legal foi atendida pela escola e que os fatos foram investigados junto aos envolvidos, identificados pela vítima. “O departamento municipal encaminhou o relatório ao Conselho Tutelar, direcionou os alunos para serviços públicos de apoio e acionou o Conselho de Escola para analisar possíveis infrações às normas de convivência da unidade escolar.”

O episódio foi registrado como lesão corporal no 3º Distrito Policial da cidade, que está realizando diligências para apurar os fatos e identificar os autores, conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP).

“Eu só queria proteger meu irmão”

As crianças moram próximas à escola e costumam ir juntas para o colégio. A agressão aconteceu à tarde, horário em que o menor frequenta as aulas.

Segundo Pamela, o filho mais velho está traumatizado após presenciar a agressão ao irmão. “É doloroso ouvir dele: ‘Mãe, estou traumatizado, não pude fazer nada, eles me seguravam’.”

As crianças estão emocionalmente abaladas e Pamela acredita que ambos precisarão de acompanhamento psicológico para superar esse momento difícil.

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