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Mercado não vê chance de Flávio Bolsonaro em 2026 mesmo com apoio de Paulo Guedes

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Economistas da Faria Lima acreditam que nem a indicação de Paulo Guedes para liderar o plano econômico da pré-campanha presidencial de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) garantiria viabilidade política para a candidatura do senador à Presidência da República em 2026.

No dia em que Flávio Bolsonaro anunciou ter sido escolhido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para disputar as próximas eleições presidenciais, a bolsa de valores caiu mais de 4% e o dólar subiu rapidamente.

Para o mercado financeiro, a questão com Flávio Bolsonaro não está no programa econômico. Mesmo que haja a apresentação de uma agenda econômica alinhada aos interesses da Faria Lima e a nomeação de uma figura como Paulo Guedes para sustentá-la, isso não seria suficiente para eliminar a cautela em relação à candidatura do filho 01.

“Ele pode ter boas intenções, porém se não tiver chances reais de vitória, não adianta. O mercado está atento à viabilidade da candidatura. A preocupação principal não é o programa econômico ou quem o acompanha, isso é um segundo aspecto”, comentou, sob reserva, o economista-chefe de uma gestora de investimentos.

O obstáculo principal para Flávio Bolsonaro é a elevada rejeição que o sobrenome Bolsonaro enfrenta entre os eleitores. A maioria dos especialistas do mercado financeiro acredita que isso diminui as probabilidades de que ele vença Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.

Os economistas consultados também ressaltam que, com um governo petista, dificilmente haveria alterações na política fiscal vigente, que prioriza o aumento da arrecadação para custear maiores gastos públicos, característica central da administração econômica de Lula.

Esses especialistas concordam que reformas importantes para o mercado dependem de estabilidade política, algo que não estaria garantido nem com a reeleição do petista, nem com a eleição de Flávio Bolsonaro.

No cenário de reeleição de Lula, prevê-se um Congresso possivelmente ainda mais conflituoso com o Executivo, considerando que o bolsonarismo foca nas eleições do Senado e o governo já enfrenta oposição forte na Câmara dos Deputados.

Se Flávio Bolsonaro superasse a rejeição e fosse eleito em 2026, acredita-se que ele empregaria grande parte de seu capital político para resguardar o ex-presidente Jair Bolsonaro, atitude que poderia comprometer a adoção de regras fiscais rígidas e medidas de contenção de gastos públicos, que tendem a ser impopulares.

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