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Mesmo com obra emergencial, DF só ‘aguenta’ seca se reservatórios subirem
Afirmação é do secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio. ele disse que condição atual ‘não está tranquila’ e não descartou aumento de dias sem água no racionamento.
Mesmo com a previsão de captar água do Lago Paranoá e do córrego do Bananal de maneira emergencial, o governo do Distrito Federal estima que não tem condição de enfrentar o período de seca com o atual volume dos reservatórios. O secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio, disse nesta segunda-feira (13) que por enquanto a situação “não está tranquila”.
Até a publicação desta reportagem, o reservatório do Descoberto (principal do DF) estava em 43,60% da capacidade, e o de Santa Maria, em 47,60%. “O certo seria que os níveis estivessem próximo de 100%”, declarou Sampaio. “Não vamos começar [o período de seca, de maio a outubro] com uma situação confortável, não.”
O governo estima que as obras emergenciais para captar água no Paranoá e no Bananal tragam um reforço de 1,4 mil litros por segundo. Parte das construções vai ser financiada com a verba da tarifa de contingência, que deixa a conta de água e de esgoto 20% mais cara e que já rendeu ao governo pelo menos R$ 9,6 milhões.
“Se você vai começar com um volume bastante aquém do que necessitaríamos, vamos ter que tirar o mínimo possível de água do Descoberto. E isso significa as pessoas consumirem de forma bastante consciente e a gente poder fazer com que essas novas fontes de água ingressem no Descoberto”, continuou Sampaio.
O representante do GDF voltou a admitir a hipótese de os consumidores ficarem mais do que só um dia sem água. “Se não conseguirmos economizar de forma espontânea, o governo infelizmente terá que lançar mão de outras medidas para que o consumo diminua a força. Em tese, poderia chegar a aumentar o período de racionamento.”
Obra no Paranoá
De acordo com o GDF, a instalação dos equipamentos necessários para captar água do Lago Paranoá deve ficar pronta em seis meses e custar cerca de R$ 50 milhões. Detalhes do projeto foram entregues ao Ministério da Integração, que deve liberar dinheiro para as construções.
“Essa é uma obra que é possível ser feita num prazo de 180 dias e, para que se enquadre na emergência do Ministério da Integração, ela precisa realizada nesse prazo máximo”, disse o governador Rodrigo Rollemberg.
Segundo o governo, a captação será feita em uma balsa, que ficará no Setor de Mansões do Lago Norte. Após a retirada, a água será direcionada para uma “estação de tratamento compacta”, que será instalada no mesmo local.
Depois do tratamento, a água é jogada no sistema e vai ajudar no abastecimento das regiões do Lago Norte, Setor de Mansões, Taquari, Varjão, Paranoá e Itapoã. O GDF também informou que trata-se de uma medida emergencial que vai funcionar apenas no período de crise hídrica. O projeto será coordenado pelo escritório de projetos especiais da governadoria e executado pela Caesb.
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