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Mesmo sem nova proposta do GDF, 15 categorias suspendem greve
Professores, médicos, metroviários e servidores do Ibram seguem parados. Funcionários da Novacap e da CEB, que não teriam reajuste, também.
Mesmo sem uma nova proposta do governo do Distrito Federal, servidores públicos de 15 categorias decidiram suspender a greve e retornar ao trabalho nesta quarta-feira (11). Os trabalhadores trabalham no Na Hora, Defensoria Pública, Secretaria de Agricultura, auditoria de atividades urbanas, Procon, apoio jurídico, suporte à Polícia Civil, nas áreas de resíduos sólidos, nas áreas de atividades culturais, nas áreas de meio ambiente e na parte administrativa de secretarias de Estado e de administrações regionais.
Os servidores levaram em conta o anúncio do governador Rodrigo Rollemberg, que afirmou que deverá conceder os reajustes em outubro de 2016. Professores, médicos, metroviários e servidores do Ibram seguem em greve. Funcionários da CEB e da Novacap, que não foram contempladas com o reajuste escalonado em 2013, também estão paralisados (veja abaixo).
Rollemberg suspendeu a última etapa dos reajustes sob a alegação de falta de dinheiro em caixa para os repasses. O impacto até o final do ano seria de R$ 400 milhões, de acordo com o Executivo.
A suspensão dos reajustes integra um pacote anticrise, que traz ainda aumento nas tarifas de ônibus e metrô, implantação de um plano de demissão voluntária nas empresas públicas, aumento de impostos e nos valores de entrada do zoológico e dos 13 restaurantes comunitários. O DF tem 141 mil servidores públicos.
GREVES EM ANDAMENTO
Médicos
A categoria entrou em greve no dia 8 de outubro, junto com diversos outros servidores públicos. O sindicato disse não ter uma estimativa da adesão. Ao todo, a rede pública tem 4,6 mil profissionais. A parcela de reajuste salarial suspensa tinha índice de 5%.
Com a paralisação, atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas estão suspensas. Médicos também pedem fiscalização de programas de residência, reestruturação do plano de carreira, garantia de medicamentos e insumos necessários ao trabalho, respeito à fila de transferência dos profissionais e pagamento de horas extras.
A greve foi considerada ilegal pela Justiça.
Professores
A categoria entrou em greve no dia 15 de outubro. Segundo o sindicato, 70% dos 33 mil servidores estão parados. A parcela de reajuste salarial suspensa tinha índice de 3,5%.
Com a paralisação, as aulas nas escolas públicas, técnicas centros de língua e escola de música estão suspensas. Professores também pedem o pagamento integral do 13º de novatos e o respeito à jornada de trabalho.
A greve foi considerada ilegal pela Justiça.
Metroviários
A categoria entrou em greve no dia 3 de novembro. De acordo com o sindicato, 75% dos 1,2 mil trabalhadores estão parados. Eles cobram o reajuste suspenso, de 9%.
Com a paralisação, o serviço passou a funcionar parcialmente: 60% dos trens rodam e apenas no horário de pico – entre 6h e 9h e entre 17h30 e 20h30. Os metroviários pedem ainda a convocação dos aprovados no concurso de 2013; execução dos projetos de modernização do sistema; e redução do número e valor de contratos de terceirização.
A categoria se reuniu com a direção da empresa para audiência de conciliação no dia 4 de novembro. Não houve acordo.
Servidores da Novacap
A categoria entrou em greve no dia 3 de novembro, mas, diferentemente das outras, não cobra o pagamento de reajustes salariais. Os servidores pedem reposição inflacionária, que dizem ser de 10%.
De acordo com o sindicato, 80% dos 2,2 mil servidores aderiram à greve. Com a paralisação, estão suspensas podas e recuperação de asfalto. A greve não foi judicializada.
Servidores da CEB
A categoria entrou em greve no dia 9 de novembro, mas, diferentemente das outras, não cobra o pagamento de reajustes salarias estabelecidos em 2013. Eles querem maior índice no reajuste, aumento do piso da categoria – atualmente de R$ 811,72 –, pagamento de auxílio transporte e auxílio creche e fornecimento de indenização no caso de morte ou invalidez permanente.
De acordo com o sindicato, serão mantidos os serviços essenciais e um quadro mínimo para que a população não seja prejudicada. A paralisação não foi judicializada.
Servidores do Ibram
A categoria entrou em greve no dia 8 de novembro. Os servidores cobram o reajuste suspenso, de 16,41%. Não há estimativa de adesão.
Com a paralisação, estão fechados 10 dos 12 parques urbanos – apenas o de Águas Claras e o do Sudoeste permanecem em funcionamento. A greve não foi judicializada.
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