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Meta para estudo sobre impacto do Facebook na saúde mental

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A empresa Meta interrompeu uma pesquisa interna que revelou efeitos negativos do uso do Facebook na saúde mental dos usuários, conforme documentos citados em processo judicial movido por instituições educacionais dos Estados Unidos contra várias plataformas digitais.

Segundo a Reuters, o estudo mostrou que pessoas que ficaram uma semana sem usar o Facebook relataram diminuição nos sintomas de depressão, ansiedade e sensação de isolamento. Apesar disso, a Meta optou por cancelar a pesquisa, alegando que os resultados foram influenciados pela cobertura midiática sobre a empresa.

Um integrante da equipe de pesquisa defendeu a confiabilidade dos dados coletados, segundo informou a Reuters.

Andy Stone, porta-voz da Meta, declarou no sábado que o estudo foi suspenso devido a falhas na metodologia e reafirmou que a companhia tem implementado medidas para aumentar a proteção dos usuários adolescentes.

“Os registros completos evidenciarão que, ao longo de mais de dez anos, ouvimos os pais, investigamos os temas mais relevantes e promovemos mudanças efetivas para proteger os jovens”, afirmou.

Acusações contra a Meta

  • Ferramentas de proteção para jovens foram desenvolvidas, mas apresentaram baixa eficácia e pouca utilização.
  • Suspensão de pesquisas adicionais por receio de prejudicar o crescimento da plataforma.
  • Contas ligadas a tráfico sexual só eram removidas após múltiplas denúncias, número considerado elevado.
  • Reconhecimento interno de que estratégias para aumentar o engajamento entre adolescentes resultavam na exposição a conteúdo nocivo, apesar disso foram mantidas.
  • Atrasos prolongados em ações para impedir que predadores contatassem menores, motivados pela preocupação com o crescimento da rede, acompanhados de pressão para justificar a falta de intervenções.
  • Mensagem interna do CEO Mark Zuckerberg em 2021 revelou que a segurança infantil não era prioridade frente ao foco no metaverso; pedidos para maior investimento nessa área foram desconsiderados.

Processo judicial envolve outras plataformas

A alegação de ocultação de evidências pelo Meta é parte de uma ação judicial ampla apresentada por um escritório de advocacia que representa escolas. O processo também inclui Google, TikTok e Snapchat. No entanto, as acusações contra a Meta são mais detalhadas.

As empresas são responsabilizadas por permitir o acesso de crianças menores de 13 anos às plataformas, por não combaterem adequadamente o abuso sexual infantil e por promoverem o uso excessivo das redes sociais por adolescentes no ambiente escolar.

Além disso, há denúncias de que algumas plataformas tentaram financiar organizações voltadas ao público infantil para apoiar publicamente a segurança dos produtos.

Andy Stone negou as acusações, afirmando que as ferramentas de proteção para adolescentes são eficazes e que a política da empresa prevê a imediata remoção de contas envolvidas em tráfico sexual. Segundo ele, a ação judicial apresenta uma visão distorcida dos esforços da Meta nessa área.

Audiência judicial

Andy Stone considerou que o processo baseia-se em seleções parciais e interpretações incorretas. A Reuters informou que os documentos citados são sigilosos e que a Meta solicitou ao tribunal a exclusão de parte do material. Uma audiência está marcada para o dia 26 de janeiro.

TikTok, Google e Snapchat não se pronunciaram sobre o caso, segundo a agência.

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