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Metanol em bebidas: sobe para 6 as mortes por intoxicação em SP

De acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira (1º/10), uma morte foi confirmada e outras cinco são investigadas. Total de casos é de 37
Por Metrópoles SP
O governo de São Paulo comunicou a sexta morte relacionada aos casos de intoxicação por bebidas contaminadas com metanol. Segundo o balanço, publicado nesta quarta-feira (1º/10), um óbito foi confirmado e outros cinco seguem em investigação.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) também atualizou o número de casos para 37, sendo 10 casos confirmados para intoxicação por metanol e outros 27 em análise.
Confira os números:
- 1 morte confirmada por metanol
- 5 mortes sob investigação
- 10 casos de intoxicação por metanol
- 27 casos suspeitos de intoxicação por metanol.
Também nesta quarta-feira, a Polícia Civil realizou mais uma vistoria em estabelecimentos comerciais para investigar a comercialização de bebidas alcoólicas contaminadas. A ação contou com apoio da Vigilância Sanitária.
Ao todo, seis estabelecimentos foram interditados cautelarmente, uma distribuidora teve a inscrição estadual suspensa preventivamente e outras três estão com a suspensão sob análise.
Gabinete de crise
Um gabinete de crise foi implementado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nessa terça. A medida foi determinada após uma reunião técnica, realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, para detalhar as medidas adotadas no combate à intoxicação por metanol e a investigação dos envolvidos.
“É fundamental fazer esse fechamento cautelar de todos os estabelecimentos em que tivemos ocorrência para aprofundar a investigação. A preocupação é garantir a segurança do cidadão. O estabelecimento só vai ser liberado para voltar a funcionar se tivermos certeza de que está seguro”, afirmou Tarcísio de Freitas.
Investigações
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) descarta, por ora, o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas adulterações. A suspeita é de que as práticas sejam conduzidas por quadrilhas independentes, uma vez que nunca havia registro de uso de metanol na adulteração.
Entre as linhas de investigação, estão a hipótese de contaminação indireta, acidente no processo ou até o uso da substância para lavagem de garrafas reaproveitadas.
A investigação agora concentra esforços em rastrear a origem das distribuidoras e os fluxos de pagamento. Os donos de estabelecimentos já prestaram esclarecimentos.
Alerta
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo emitiu, nessa terça-feira (30/9), um alerta aos profissionais de saúde sobre o risco de intoxicação por ingestão de metanol.
O aviso foi realizado por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Centro de Vigilância Sanitária (CVS). A substância pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas ou adulteradas e, por ser altamente tóxica, leva à cegueira permanente e até ao óbito.
O alerta divulgado aos serviços de saúde do estado reforça que os sinais e sintomas costumam aparecer entre 6 e 24 horas após a ingestão.
Sintomas de intoxicação por metanol
- Sonolência
- Tontura
- Dor abdominal
- Náuseas
- Vômitos
- Confusão mental
- Taquicardia
- Visão turva
- Fotofobia
- Convulsões
- Acidose metabólica
Nos casos mais graves, pode haver cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal e comprometimento neurológico.
Segundo a pasta, o paciente com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica deve ser avaliado imediatamente e realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica. O alerta emitido traz orientações técnicas sobre a conduta clínica a ser adotada nesses casos.

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