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Metrô vai licitar espaços publicitários em estações do DF em abril

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Um estudo feito pela direção do Metrô aponta que a autarquia deixou de arrecadar mais de R$ 300 milhões desde 2001 – quando teve início a operação comercial – com a não exploração econômica dos espaços livres das 24 estações do Distrito Federal. A empresa informou que vai licitar as áreas publicitárias em abril.

Por telefone, o presidente Marcelo Dourado disse que também estuda abrir editais para instalação de lanchonetes, lojas de conveniência e novos terminais bancários. A ideia surgiu a partir de uma pesquisa que identificava que serviços os usuários gostariam de ter disponíveis enquanto esperavam os trens.

A iniciativa pode ainda ajudar a empresa a reequilibrar as contas. De acordo com o presidente, o gasto com pessoal, custeio e investimento gira em torno de R$ 32 milhões por mês. A arrecadação, no entanto, é de R$ 13 milhões, e se resume basicamente à venda das passagens.

“Estou formando um grande plano de comercialização dos espaços do Metrô”, declarou Dourado. “Meu desejo é que a empresa volte a ser superavitária. Em torno de 36% dos custos do Metrô se paga com bilhetagem. O restante, o Metrô precisa de recursos do Tesouro para poder fechar as contas com pessoal, custeio e investimento.”

Uma das dificuldades vivenciadas pela empresa tem sido lidar com a operacionalização da atividade: o Metrô tem déficit de funcionários e chegou a solicitar ao Executivo autorização para, mesmo com as limitações da Lei de Responsabilidade Fiscal, contratar 80 pessoas aprovadas em concurso para atuar na bilhetagem. A situação tem levado à liberação de catracas, com prejuízo de R$ 30 mil por mês.

Com isso, outro projeto do presidente do Metrô fica prejudicado. O gestor afirma que estuda ampliar o horário do serviço aos domingos, adotando a mesma escala usada nos outros dias da semana. Os trens passariam a circular por cinco horas e meia a mais.

“Estamos pensando em estender o horário do domingo, como no dos dias normais, em março”, declarou. “Uma composição leva 1,4 mil pessoas e em uma velocidade maior que a do ônibus. É benefício para a população.”

De acordo com a autarquia, as áreas técnicas estudam como viabilizar a ampliação. O Metrô funciona entre 6h e 23h30 de segunda a sábado e 7h e 19h aos domingos e feriados. A média é de 140 mil passageiros por dia. O sistema tem 42 quilômetros de extensão e liga Ceilândia eSamambaia ao Plano Piloto.

A estação com maior fluxo é a Central, na rodoviária do Plano Piloto, por onde passam 20 mil pessoas por dia. O preço cobrado pela passagem é de R$ 3 (R$ 2 aos finais de semana e feriados).

Mais servidores
A direção do Metrô solicitou ao GDF autorização para convocar 80 operadores aprovados no último concurso da empresa sob o argumento de que a autarquia vive uma excepcionalidade já que, por falta de servidores, precisa frequentemente liberar o acesso gratuito de passageiros. O prejuízo estimado com as “catracas livres” é de até R$ 30 mil por mês.

O Comitê de Governança do DF – que reúne as secretarias de Planejamento, Fazenda e Gestão Administrativa, além da Casa Civil e da Procuradoria do DF e monitora gastos da administração – disse entender o problema do Metrô e afirmou estar avaliando soluções. A organização declarou ainda que o Executivo está impedido de fazer novas contratações até o final de maio, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Os operadores metroviários são responsáveis por todos os serviços dentro da estação, incluindo a venda das passagens, o auxílio a pessoas com deficiência, o monitoramento de câmeras e a prestação de informações. Por causa do baixo número de servidores, eles geralmente trabalham em dupla. A última seleção para o cargo ocorreu em 2013, e 420 pessoas aprovadas esperam desde então serem chamados pelo Metrô.

Fonte: G1

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