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México considera aumentar importações dos EUA para evitar tarifas de Trump

O México propôs aos Estados Unidos aumentar as compras de produtos americanos para evitar as tarifas de 30% anunciadas pelo presidente Donald Trump, informou nesta sexta-feira (25) a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.
Trump declarou que a tarifa sobre diversos produtos mexicanos começará a valer na próxima sexta-feira, 1º de agosto, como pressão para que o México intensifique o combate ao tráfico de drogas para os EUA, especialmente do potente fentanil.
Até o momento, não há detalhes sobre quais produtos serão afetados.
O presidente republicano já aplicou tarifas aos setores automotivo e siderúrgico do México, porém excluiu dos impostos as mercadorias abrangidas pelo tratado de livre comércio norte-americano T-MEC, do qual o Canadá também participa.
Sheinbaum disse que a ideia é crescer a aquisição de produtos americanos sem provocar aumento dos preços internos no México.
A proposta faz parte das negociações com os EUA que também envolvem temas de segurança e migração.
Segundo a governante, essa estratégia ajuda a diminuir o déficit comercial dos EUA perante o México, uma questão que preocupa Trump.
Na quinta-feira, Sheinbaum declarou que o governo está empenhado em evitar a aplicação das tarifas alfandegárias e que, se necessário, tentará diálogo com Donald Trump na próxima semana.
O México é um dos países mais afetados pelas tarifas impostas pelo presidente americano, já que 80% das exportações mexicanas têm como destino os EUA graças ao T-MEC.
Dentro desse cenário, Sheinbaum também busca ampliar a diversificação dos mercados para os produtos mexicanos.
Até o fim de agosto, ela planeja anunciar, em conjunto com o Brasil, investimentos privados bilaterais em setores que variam do etanol à aviação.
A presidente ainda confirmou que, em janeiro de 2026, será firmada a atualização do acordo comercial entre México e União Europeia.

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