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México falha em resgatar sobrevivente de ataque dos EUA no Pacífico
A Marinha do México não conseguiu salvar o único sobrevivente de um ataque conduzido pelos Estados Unidos contra embarcações supostamente transportando drogas no Oceano Pacífico, que resultou na morte de 14 pessoas, informou a presidente Claudia Sheinbaum nesta quarta-feira (29).
“Não conseguiram resgatá-lo”, respondeu a presidente quando questionada sobre o caso em sua coletiva de imprensa matinal, embora não tenha detalhado se a operação da Marinha, realizada a mais de 800 quilômetros do porto de Acapulco, ainda continuava.
Após o ataque na segunda-feira, o Pentágono declarou que as autoridades mexicanas ficaram responsáveis pela coordenação do resgate do sobrevivente.
Sheinbaum mencionou que solicitou aos Estados Unidos informações sobre a nacionalidade das vítimas.
Além disso, a presidente relatou que pediu ao embaixador norte-americano, Ronald Johnson, a revisão dos protocolos de segurança binacional para casos semelhantes.
“Primeiramente, porque não queremos que a nossa soberania seja infringida, nem que esse tipo de operação aconteça na zona econômica exclusiva”, área marítima que abrange até 200 milhas náuticas e onde cada país tem direitos sobre os recursos naturais.
“Em segundo lugar, pois pessoas mexicanas, independentemente de sua situação legal, podem estar em uma dessas embarcações”, acrescentou.
Sheinbaum afirmou que Johnson demonstrou concordância inicial, mas que precisa consultar seu governo a respeito.
Os Estados Unidos começaram a realizar esses ataques em setembro, que são vistos por especialistas como ilegais segundo o direito internacional, havendo destruído pelo menos 14 embarcações no Caribe e no Pacífico, e causando 57 mortes.

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