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Michelle critica vigilância 24h imposta a Bolsonaro

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, usou suas redes sociais para expressar insatisfação diante do que chamou de ‘humilhações’ e ‘perseguição’ após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenar que a Polícia Penal do Distrito Federal realize um monitoramento constante das medidas impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ministro solicitou também o destacamento de equipes para acompanhar em tempo real o endereço domiciliar do réu. Apesar de não mencionar diretamente as decisões de Moraes, Michelle falou sobre o desafio de lidar com as incertezas e resistir às adversidades.
‘A cada dia torna-se mais difícil suportar as perseguições, enfrentar as incertezas e passar pelas humilhações. Mas seguimos firmes. Deus é bom sempre e nos fortalece. Pai, te amo independentemente dos momentos difíceis’, compartilhou ela.
Moraes justifica a necessidade do monitoramento alegando um aumento no risco de fuga do ex-presidente, considerando vital e adequada a vigilância solicitada.
O ministro ressaltou, ainda, a existência de uma carta encontrada no celular de Bolsonaro, com pedido de asilo dirigido ao presidente argentino Javier Milei. O arquivo foi alterado pela última vez em fevereiro de 2024, pouco tempo após uma operação da Polícia Federal que resultou na entrega do passaporte do ex-presidente.
As provas apresentadas pela PF indicam que Jair Messias Bolsonaro teria guardado um documento que poderia facilitar sua saída do país, mesmo após a imposição de medidas judiciais restritivas.
A decisão de Moraes veio depois que o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou à PF que existia possibilidade de evasão por parte de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar e terá seu julgamento iniciado na próxima semana, acusado de tentativa de golpe.
Moraes também solicitou à Procuradoria-Geral da República que se posicionasse, e esta recomendou a permanência das equipes de prontidão para efetuar o monitoramento em tempo real.
Além disso, o ministro destacou que a proximidade do julgamento por suposta participação na trama golpista tem levado o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a intensificar ações para atrapalhar o processo.
Segundo o magistrado, as intervenções constantes de Eduardo Nantes Bolsonaro, atualmente em país estrangeiro, reforçam o risco de fuga de Jair Bolsonaro para evitar penalidades, especialmente com o julgamento agendado entre 2 e 12 de setembro de 2025.
Recentemente, Bolsonaro e Eduardo foram denunciados pela Polícia Federal por coação no decorrer do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A suspeita é que ambos tentaram influenciar os Estados Unidos a impor sanções ao Brasil, prejudicando o andamento do julgamento.
Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar desde 4 de agosto, com decisão de Moraes, que alegou o descumprimento prévio de outras medidas cautelares, como a proibição do uso de redes sociais, mesmo quando indireto.

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